Como diria Nhô Simplício, "oceis me descurpem" pelo título, mas não encontro outro mais adequado para comentar fatos do novo normal no nosso armado país. Aliás, bem armado até porque as vendas de armas aumentaram em torno de 200% e depois reclamam das altas taxas de criminalidade.
Lamentavelmente, o Brasil está doido e doído. Certos fatos e declarações de figuras públicas são de constranger o papa Francisco e o Dalai Lama. Não acreditei no que li ontem. Evangélicos defendem Flordelis e outros pastores suspeitos de maracutaias.
Eles justificam que "não há quem não peque". Como assim, caras-pálidas? É bem verdade que somos todos pecadores, mas alto lá porque tudo tem limite. Flordelis, que não é orquídea que se cheire, é suspeita de praticar incesto, palavra que, como vocês sabem, refere-se a sexo entre parentes. Ela teria transado com um dos filhos, segundo as denúncias.
Se entendi direito, o grupo que defende a deputada acha tudo isso normal e, sendo assim, Flordelis não merece castigo nem qualquer punição. É uma turma sem noção e fora da realidade, que parece viver em outro planeta.
Com tantas acusações, incluindo o assassinato do marido, a deputada está bem encrencada e em maus lençóis. O governador Wilson Witzel também está em maus lençóis, perdeu de goleada no STJ (14 a 1), e foi afastado do cargo. O que chama a atenção é o apetite desse sujeito pelo poder. Ele queria ser presidente da República.
Nem bem esquentou a cadeira de governador e já sonhava com a Presidência. A julgar pelo o que foi apurado até agora, passou a mão grande no dinheiro público e sua atuação como governador foi desastrosa, segundo seus críticos. Witzel foi com muita sede ao pote e se estrepou. O Rio de Janeiro não merece esses tranqueiras, incluindo o Crivella, o alcaide de fala mansa que também pode sofrer impeachment.
E há uma campanha antivacina que, ao que parece, começa a ganhar força - ou ganhar corpo - Brasil afora. Um médico italiano detonou a vacina contra a Covid-19. Vi o vídeo e confesso que fiquei pasmo, pra lá de surpreso com a crítica do doutor.
A esta altura do certame, a vacina é a esperança da humanidade, que há mais de seis meses está de joelhos diante do coronavírus, um inimigo poderoso e ainda por cima, claro, invisível. Enquanto a vacina não chega, o jeito é se cuidar e todo mundo sabe de cor e salteado as providências que deve tomar.
Por falar em vacina, dois amigos conversavam na rua, em Prudente, e um perguntou pro outro: "Ocê vai tomar a vacina quando ela chegar?" O outro respondeu que sim, mas só depois que "outros forem vacinados". E justificou: "Primeiro, quero ver a reação nos outros". Mais não disse nem lhe foi perguntado.
DROPS
Artimanha não é arte nem manha.
A mentira tem perna curta, a Warner tem Pernalonga.
Não queira mudar o mundo, pois quase tudo já mudou neste planeta.
Onde está a honestidade? (Noel Rosa)