Dom Cláudio Hummer, coragem cristã para combater as injustiças do nosso tempo

Diocese Informa

COLUNA - Diocese Informa

Data 10/07/2022
Horário 04:05

Quando os votos atingiram dois terços, surgiu o habitual aplauso, porque foi eleito o papa. Ele abraçou-me, beijou-me e disse-me: ‘Não te esqueças dos pobres!’ E aquela palavra se gravou em minha cabeça: os pobres, os pobres. Logo depois, associando com os pobres, pensei em Francisco de Assis. O relato acima é do papa Francisco. O interlocutor por ele mencionado é Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, que neste 4 de julho, aos 87 anos, foi ao encontro do Pai.  O currículo de Dom Cláudio no âmbito da Igreja Católica é por si só eloquente. Cargos e postos dizem muito, mas não dizem tudo. Ouvir Dom Cláudio e seguir seu exemplo humanitário no dia a dia de sua atividade diocesana são, isto sim, aprendizado católico insubstituível. Posicionar-se diante de conflitos políticos e sociais é tarefa também evangelizadora, em contrapondo a opressores que costumam exercer seu poder de subjugo usando indevidamente a palavra de Deus. Assim fazia Dom Cláudio Hummes: posicionava-se. E conclamava os fiéis a fazerem o mesmo. A sintonia com o tempo levou-o a defender o meio ambiente com a ousadia que sempre marcou suas atividades episcopais. Soube enxergar a estreita relação entre a violação dos povos originários, o vilipêndio do meio ambiente e interesses econômicos inconfessáveis. Tristemente, o país em que floresce uma figura como a de Dom Cláudio Hummes é também palco de crimes por ganância sem par na Terra. O exemplo de Dom Cláudio Hummes, sua fé e seu inconformismo cristão perante as injustiças sociais seguirão vivos. (Autor: Dom Arnaldo Carvalheiro Neto, bispo de Itapeva (SP). Fonte: https://www.cnbb.org.br).

MINI SERMÃO:
Solenidade São Pedro e São Paulo (Lc 10,25-37)

O voo que leva a Jesus faz conexão no próximo que sofre. O sofrimento deve ser levado a sério. Ter compaixão com os que padecem é intervir como Jesus: ver, aproximar, tocar, cuidar, curar. De quem estamos nos tornando próximos? De quem selecionamos ou dos caídos a margem? Jesus prefere estar próximo dos que estão à beira do caminho. O que devemos fazer? Vamos e façamos a mesma coisa. (Autor: Padre Rafael Moreira Campos).

AGENDA PAROQUIAL: Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Presidente Venceslau
- Missas -
Sábado: às 18h - Capela Nossa Senhora Aparecida e às 19h30 - Igreja Matriz;     
Domingo: às 7h - Capela São Judas Tadeu, às 8h30 - Capela Nosso Senhor do Bonfim, às 10h - Igreja Matriz, às 17h - Capela Santa Edwiges e às 19h - Igreja Matriz

MENSAGEM DO PAPA:
Na sua narração simples e estimuladora, ela indica um estilo de vida, cujo baricentro não somos nós mesmos, mas os outros, com as suas dificuldades, que encontramos no nosso caminho e que nos interpelam. Os outros interpelam-nos! E quando os outros não nos interpelam, então algo não funciona; naquele coração alguma coisa não é cristã. Jesus utiliza esta parábola no diálogo com um doutor da lei, a propósito do duplo mandamento que permite entrar na vida eterna: amar a Deus com todo o coração e o próximo como a nós mesmos (vv. 25-28). “Sim — responde aquele doutor da lei — mas, diz-me, quem é o meu próximo?” (v. 29). Também nós podemos formular esta pergunta: quem é o meu próximo? A quem devo amar como a mim mesmo? Os meus parentes, os meus amigos, os meus compatriotas, aqueles da minha mesma religião? Quem é o meu próximo? É preciso fazer, agir. E mediante as boas obras que praticamos com amor e alegria a favor do próximo, a nossa fé germina e dá fruto. Questionemo-nos — cada qual responda no próprio coração — interroguemo-nos: é fecunda a nossa fé? Produz boas obras a nossa fé? Ou então é bastante estéril e, portanto, mais morta do que viva? Faço-me próximo, ou simplesmente passo ao lado? Sou daqueles que seleciono as pessoas a bel-prazer? É bom fazer estas perguntas, e fazê-las frequentemente, porque no fim seremos julgados pelas obras de misericórdia. O Senhor poderá dizer-nos: e tu, recordas aquela vez ao longo do caminho de Jerusalém para Jericó? Aquele homem meio morto era eu. Recordas? Aquele menino faminto era eu. Recordas? Era eu aquele migrante que muitos querem expulsar. Era eu aqueles avós sozinhos, abandonados nas casas de repouso. Era eu aquele doente no hospital, que ninguém vai visitar. (Fonte: www.vatican.va/content/francesco/pt/angelus/2016).

Padre Rafael Moreira Campos
Adm. Paroquial Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Pres. Venceslau/SP
"Ouse ser o melhor. Ame!"
Instagram @padrerafaelmoreira
Facebook www.facebook.com/rafaelmoreiracampos
Informações: Cúria Diocesana (18) 3918-5000
 

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