Ei, vovô e vovó: saiam da zona de conforto!

OPINIÃO - Sergio Munhoz Pereira

Data 20/03/2024
Horário 04:30

Mas será que ficar na zona de conforto é mesmo ruim? Pode ate não parecer, mas nosso cérebro realiza muitas tarefas nosso dia a dia e, às vezes, nem damos conta de que são corretas ou não.
São muitos os impactos da zona de conforto hoje no dia a dia. As facilidades estão disponíveis, seja um televisor colorido com controle remoto que nem precisa levantar-se, um aparelho de telefone celular com câmera fotográfica, e motoristas de aplicativo que nos levam a hospitais, laboratórios, mercados, feiras, farmácias, sem muitas vezes ficarmos na dependência de pessoas.
A realidade é que as tecnologias imitam funcionalidades que antes eram desempenhadas pelo nosso cérebro.
Essa ajuda facilita a nossa vida, mas especialmente, na terceira idade, causa outros efeitos.
Agora nosso cérebro não precisa mais armazenar informações, mas sim delegar funções aos aparelhos,
Sempre é bom lembrar que existe um conceito científico que sustenta a importância de se exercitar o cérebro por toda a vida e aplicar o conceito de novidade, variedade e estímulo crescente. É a neuroplasticidade que até o final das nossas vidas continuam exercendo mudanças.
Portanto, é importantíssimo estimular o cérebro com atividades novas e variadas e cada vez mais desafiadoras. Isso ajuda o cérebro a se reorganizar conforme as vivenciamos.
Então, estar na zona de conforto é ficar dentro de um ciclo seguro e que pouco desafia o nosso cérebro. Apesar da sensação de tranquilidade e segurança, no longo prazo isso pode começar a trazer impactos negativos, já que exige cada vez menos energia para fazer todos os dias. O contrário dessa condição é sair da zona de conforto para exercitar suas habilidades a fim de manter a mente mais ativa!
Vamos agora tirar o cérebro da zona de conforto. Toda vez que damos a ele uma novidade, variedade ou um grau de desafio crescente, criam-se conexões que contribuem para a saúde desse órgão tão importante.
1. Almejar o sucesso
Focar na positividade e superar seus limites, é preciso acreditar que você pode ultrapassá-los.
A falha faz parte de qualquer caminho e, muitas vezes, o que mantém tanta gente na zona de conforto é o receio de errar.
2. Faça as tarefas cotidianas de maneiras diferentes
Pequenas tarefas podem ser feitas de forma diferente para não viver sempre no piloto automático. Nestes momentos de insegurança, importante escolher um novo caminho para chegar ao mesmo destino que você vai com frequência ou trocar suas mãos na hora de realizar atividades simples, como escovar os dentes.
3. Faça palavras-cruzadas
São uma ótima ferramenta para cuidar da saúde do cérebro. Elas aceleram o raciocínio e podem rejuvenescer em até 14 anos o cérebro dos idosos. 
4. Pratique atividades físicas
Além de contribuir para uma melhor qualidade de vida, ativam as áreas relacionadas à memória e aprendizado. Os exercícios são responsáveis por estimular a neuroplasticidade que é capaz de tornar nosso cérebro cada vez mais apto a aprender coisas novas,
5. Um bom descanso e evitar o estresse
O nosso cérebro assimila as informações no nosso descanso e no sono. Então, a qualidade das suas noites de sono é importante. 
6. Viva sempre em estado de aprendizado
Faça coisas novas e tente superar desafios. Motivar o seu cérebro, vale a pena buscar oportunidades de aprender.
Ah! agora que você na terceira idade tem tempo, veja estas outras sugestões: aprender idioma diferente, comece pelo espanhol, aprender um instrumento, que tal de sopro (flauta ou gaita), até aprender ou praticar aulas de danças para estimular o corpo e o cérebro
Então, vamos sair da zona de conforto?
 

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