Eleição americana

OPINIÃO - Walter Roque Gonçalves

Data 31/10/2020
Horário 04:30

No dia 3 de novembro próximo, haverá mais uma disputa entre os republicanos e democratas para definir o presidente da maior potência econômica do mundo: Estados Unidos da América. O sistema eleitoral americano é diferente do nosso, quem decide o voto final são os delegados que representam as dezenas de Estados americanos. Este sistema de voto indireto gera um efeito colateral curioso. Por exemplo, tanto a candidata Hillary Clinton quanto Al Gore perderam as eleições passadas, pois tiveram minoria dos votos dos delegados, contudo “ganharam” a maioria dos votos da população.
Qual seria o melhor candidato para o Brasil? Segundo o jornal Estadão, caso os republicanos vençam, “a política individualista de Trump tende a fortalecer o dólar e manter moedas como o real enfraquecidas (...) a vitória de Biden poderia fazer o capital sair da bolsa norte-americana (...) uma boa oportunidade para investimentos estrangeiros chegarem ao Brasil”. Há ainda questão das tensões entre China e EUA, obviamente que com Trump na presidência estas se manterão, e se Biden vencer, as potências voltam a ter relações mais amigáveis.

Teremos que aguardar o resultado da eleição americana para sabermos ao certo para que lado os “ventos soprarão”

Na hipótese do candidato Trump perder, a CNN Brasil aponta para possibilidade de o Brasil perder oportunidade de manter às exportações para a China: “Empresas exportadoras em geral poderiam sofrer um baque. Afinal, uma reaproximação entre EUA e China pode fazer com que os chineses passem, novamente, a comprar commodities como soja e carne dos americanos.” Lembrando que os EUA é um concorrente forte do Brasil por um lado, mas por outro é segundo maior comprador de produtos brasileiros, atrás apenas da China.
Os dois candidatos à presidência dos EUA podem ajudar ou atrapalhar a nossa economia. A vitória de Trump ajuda nas exportações brasileiras, contudo mantém o real em desvalorização levando o dinheiro dos investidores para longe daqui. Por outro lado, se Biden sobressair-se o dinheiro dos investidores tende a voltar e o real se fortalecer, mas as exportações poderão ser prejudicadas. Ou seja, os cenários de vantagens e desvantagens são diretamente opostos! Teremos que aguardar o resultado da eleição americana para sabermos ao certo para que lado os “ventos soprarão”.

 

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