Números do IEA (Instituto de Economia Agrícola) revelam a expansão da produção de ovos na região de Presidente Prudente entre 2014 e 2016. Ao se considerar os três EDRs (Escritórios de Desenvolvimento Rural) da região, compostos por Presidente Prudente, Presidente Venceslau e Dracena, o volume mais que triplicou de 705.709 caixas de 30 dúzias em 2014, para 2.436.589 em 2016.
O maior EDR da região foi também o que apresentou o aumento mais expressivo no período. Composto por 21 municípios, o escritório de Presidente Prudente tem o registro de produção de 653.814 de caixas em 2014 e 2.328.734 dois anos depois, um acréscimo de 256%. O diretor técnico do órgão, Marco Aurélio Fernandes, considera que o mercado está passando por uma inovação tecnológica, por isso o aumento na produção. “Os empresários estão otimizando a produção com o uso de máquinas e equipamentos sofisticados, que exigem esse tipo de cuidado. Provavelmente em 2017 será expandido ainda mais o número de galinhas na região, consequentemente, aumentará ainda mais a produção”, vislumbra.
Em Dracena, a produção mais do que dobrou, indo de 51.228 para 107.322 em 2016, acompanhando o cenário regional. A unidade de Presidente Venceslau, no entanto, foi a única a fechar o período em redução, caindo de 667 para 533 caixas. Porém, os dados daquela EDR não interferem no índice geral, já que a produção da unidade representa menos de 1% do total da região.
Valores
A arrecadação com a cultura também sofreu acréscimo, partindo de R$ 38,4 milhões para R$ 187,9 milhões em toda a região. O aumento na casa dos 390%, que quase quadruplicou, se deve não apenas ao estímulo da produtividade, mas também à alta no preço das caixas, que subiu de R$ 54,77 para R$ 77,15 no período em análise. A maior parte deste índice se deve ao EDR de Prudente, que arrecadou no ano passado R$ 179,6 milhões com a avicultura de postura.
Em Dracena e municípios vizinhos, a produção de ovos resultou em R$ 8,2 milhões em 2016. Já no escritório de Venceslau, a cultura rendeu R$ 41,1 mil. Apesar disso, o diretor do EDR de Dracena, Luiz Alberto Pelozo, conta que os produtores que ainda estão em atividades naquela EDR são os mais antigos e que não há registro no escritório de novos empresários. “O custo inicial para um produtor é alto, vai desde o galpão até as gaiolas e estruturas utilizadas. Percebo que os que estão há mais tempo na atividade é que são os atuais granjeiros”, considera.
Produtor
O empresário da Granja Acampamento, Gilson Yida, diz ter a produção diária de 324 mil ovos por dia e possuir 350 mil galinhas na propriedade. “Temos essa empresa desde 1956, porém, em 2014, boa parte da produção atual se tornou automatizada, visto que a antiga gera um custo maior com funcionários e tratores no transporte dos ovos para o setor de classificação”, expõe. A automatização da granja, segundo Gilson, aumentou a capacidade da empresa em competir com o mercado de produção em larga escala de galinhas poedeiras.
