Cerca de 120 servidores municipais de Presidente Bernardes promoveram uma manifestação em frente ao Paço Municipal, no início da manhã de ontem, primeiro dia de greve da categoria, que teria apoio de 80% dos 617 trabalhadores. O presidente do sindicato que representa o grupo que cruzou os braços, Eudes da Silva Leonardo, conta que a paralisação segue por tempo indeterminado, ou seja, até que o Executivo atenda ao pedido de 10% de reajuste solicitado pela classe. Por outro lado, a Prefeitura afirma que a paralisação teve "baixa adesão", sendo que, até o momento, as atividades prejudicadas são do Setor de Obras e Manutenção. "Se a greve for se estender, o Executivo vai verificar os meios legais para dar andamento aos serviços", frisa.
Cerca de 120 trabalhadores promoveram manifestação ontem
Como noticiado neste diário, a greve foi comunicada ao Executivo na segunda-feira e, até o fim da tarde de ontem, mesmo após o início do movimento, a Prefeitura não havia sinalizado nenhuma intenção de conceder o reajuste de 10% nos salários solicitado em dezembro do ano passado. A administração municipal, por meio de sua Assessoria de Imprensa, declara, no entanto, que o prefeito Luccas Inague Rodrigues (PP) participou de audiência no MPT (Ministério Público do Trabalho) com o sindicato, quando ficou acordado que o Executivo tem até o dia 15 de maio para apresentar um estudo sobre o impacto do aumento na folha, o qual já foi iniciado.
Mesmo com o acordo firmado no MPT, Eudes garante que a greve irá persistir até que o aumento seja concedido, sendo que, no período de paralisação, os serviços nas áreas de saúde e educação serão mantidos por 30% dos servidores, índice exigido em lei. Lembra que a solicitação de aumento aos servidores foi protocolada em dezembro do ano passado e, como não houve manifestação da Prefeitura, os trabalhadores pediram que o assunto fosse intermediado pelo MPT. Embora o índice buscado pelos servidores seja de 10%, destaca que uma oferta de 6,57% de reajuste inflacionário deverá ser aceita.
