Três armas de fogo foram tiradas de circulação pela Polícia Militar, neste domingo, em Presidente Prudente, em ocorrências distintas de porte ilegal, registradas na Delegacia Seccional. Três homens, 31, 38 e 39 anos, foram presos em flagrante e permaneceram à disposição da Justiça.
Em um dos casos, ocorrido no Jardim Cambuci, a Polícia Civil representou à Justiça pela conversão da prisão em flagrante em preventiva de um autônomo, 31 anos, que foi detido pelo 8º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) depois de arremessar um revólver calibre 22 com cinco munições intactas e uma deflagrada sobre um telhado, ao perceber que seria abordado.
O indivíduo, que já foi preso e processado por crimes como tráfico de drogas, roubo majorado, por ilegal, furto qualificado, violência doméstica e ameaça, teria confessado ser amigo de infância de Renato Gonçalves de Oliveira, 42 anos, que foi morto com 28 tiros, na última sexta-feira, no mesmo bairro. Segundo o Boletim de Ocorrência sobre o caso, o envolvido ainda teria relatado aos PMs que o prenderam que, na data do homicídio, estaria em companhia da vítima e teria saído correndo ao ouvir os disparos. Portanto, a posse de tal arma com ele localizada seria para sua própria defesa, pois estava com medo e se sentia “em situação de guerra”. Seu aparelho celular foi apreendido para averiguação de possível informação relacionada ao assassinato, que segue em investigação.
Jardim Morada do Sol
Ainda no domingo, em atendimento a uma denúncia, outra equipe da PM prendeu no Jardim Morada do Sol, um pedreiro, 39 anos. Em contato com o morador sobre a indicação de que havia uma arma de fogo na residência, este confirmou a existência e indicou o local onde o objeto estaria armazenado. Em uma gaveta de uma cômoda, os oficiais localizaram um revólver calibre 38 com uma munição intacta, envolto em uma touca, tipo balaclava.
A Polícia Civil também solicitou a conversão de sua prisão em flagrante em preventiva ao considerar que o indivíduo é reincidente no crime de tráfico de drogas, que a arma foi encontrada juntamente com uma balaclava, artefato comumente usado por aqueles que desejam praticar ilícitos sem ser reconhecidos, e ainda por ele afirmar que a aquisição do revólver se deu de “forma grotesca”, via rede social, e que, em consulta ao número de série do armamento, não se obteve qualquer resultado quanto à origem do mesmo. “Fica evidenciado que nenhuma outra medida cautelar de natureza pessoal que não seja a prisão terá o condão de acautelar o meio social”, justificou o delegado de plantão que atendeu o caso.
João Domingos Netto
Por fim, na terceira ocorrência de porte ilegal registrada neste domingo, outro autônomo, este de 38 anos, foi preso pela PM no Conjunto Habitacional João Domingos Netto ao ser surpreendido em posse de uma pistola calibre 9 mm, municiada com 11 estojos intactos. O armamento estava sob o banco da motoneta do autor, que afirmou ter comprado a arma de um desconhecido há pelo menos cinco anos, negando que tivesse a intenção de usá-la para ameaçar ou agredir a sua ex-companheira ou qualquer outra pessoa, já que o mesmo foi abordado durante uma averiguação de denúncia de desentendimento entre casal.
O indivíduo foi apresentado na Delegacia Seccional, onde foi autuado em flagrante e permaneceu no aguardo de audiência de custódia.