Em tempo de desemprego, é preciso ocupar a cabeça com novos planos

EDITORIAL -

Data 16/05/2019
Horário 04:00

Desemprego: substantivo masculino que designa a ação de desempregar, de demitir, de tirar o emprego ou a ocupação de alguém. O conjunto destas sílabas é o temor da sociedade, situação que vem causando dores de cabeça em bastantes brasileiros. E os números têm preocupado. A taxa de desemprego no Brasil atingiu 12,7% no primeiro trimestre deste ano, o que representa 1,1 ponto percentual a mais na comparação com o último trimestre de 2018, quando ficou em 11,6%. No entanto, conforme publicado pela Agência Brasil, na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, quando a taxa registrou 13,1%, houve queda de 0,4 ponto percentual.

Somente no primeiro trimestre deste ano, somaram-se 13,4 milhões de desempregados no país. Os números são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada em abril pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os índices, cada vez mais alarmantes, causam preocupação na comunidade desempregada. A busca pela carteira assinada já virou rotina na vida de muitos que acordam pela madrugada a fim de garantir os primeiros lugares nas filas dos famosos balcões de emprego. Apesar desta contribuição à sociedade – que rende trabalho a parte dos entrevistados –, a quantidade de vagas ofertadas ainda são mínimas, principalmente nos grandes centros que são tomados por pessoas que vêm até mesmo de outros Estados para garantir uma oportunidade.

A realidade vivenciada causa aflição a quem busca a recolocação no mercado de trabalho. Quando isso ocorre, a vida parece não fazer mais sentido, e muitos dos objetivos sonhados na “época das vacas gordas” acabam ficando para último plano. Apesar de complicado, a depender as condições de vida de cada cidadão, o negócio é se reinventar. Mesmo que seja arriscado apostar o que resta em algo novo, um trabalho caseiro ou a venda de cosméticos, talvez. A cabeça precisa estar ocupada. Com a oportunidade temporária o brasileiro ganha tempo. É certo de que a incerteza que os dias melhores virão continuará falando mais alto, no entanto, é preciso transformar a dor em força para enfrentar as dificuldades que acabam segurando a vida do cidadão brasileiro.

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