Ocorre hoje, em Álvares Machado, o encerramento do 2º Encontro dos Trabalhadores Rurais da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) do Estado de São Paulo. O evento, que ocorre em parceria com a Fetragro (Federação Estadual dos Trabalhadores e Empregados Rurais do Estado de São Paulo), visa o debate e a troca de informações sobre o benefício previdenciário para os trabalhadores rurais, reforma agrária, qualificação profissional e enquadramento dos profissionais no Cadastro Nacional de Entidade Sindical dos Trabalhadores Rurais. Participam das palestras representantes da Previdência Social, Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). O evento ocorre no Campo Belo Resort.
O secretário geral da CSB, Álvaro Ferreira Egea, enfatiza que a discussão acerca dos temas apresentados durante o encontro está voltada para a conscientização sobre informações que são direitos dos trabalhadores rurais. O sindicalista comenta que temas como a Previdência Social, por exemplo, são debatidos entre o meio e que ocorrem desentendimentos no momento do profissional rural procurar pela aposentadoria. Por isso, haverá um representante da Previdência para discorrer sobre o assunto. Outra questão que será levantada durante o encontro de hoje está relacionada à qualificação dos trabalhadores e dirigentes. "Nosso intuito é organizar os trabalhadores rurais e fortalecer essa organização. Além disso, os dirigentes também precisam ser qualificados para que, no dia a dia, possam defender o interesse dos trabalhadores – seja por meio de entidades privadas ou órgãos governamentais".
Já o presidente da Fetraf (Federação dos Agricultores Familiares do Estado de Minas Gerais), Gedir Santos Ferreira, menciona a importância da agricultura familiar para o cenário rural brasileiro. Segundo dados revelados pelo representante, o segmento da agricultura familiar representa 77% de tudo aquilo que é colocado na mesa dos brasileiros. Em relação à geração de empregos, o presidente da Fetraf destaca que de cada dez empregos gerados no campo, sete são criados pela agricultura familiar. "Nota-se que, atualmente, 85% do condomínio rural é representado pela agricultura familiar. Nós temos mais de 18 milhões de produtores produtivos no Brasil. Crescemos com o acesso aos créditos, a moradia e as políticas assistenciais, além dos direitos previdenciários", frisa o presidente.
Outro método que está sendo colocado em prática em todo o país, por isso a participação do Incra representando os assentados da região do Mirante do Paranapanema, é a qualificação dos assentados para o meio rural que vive da agricultura de subsistência. "Precisamos qualificar o assentado da reforma agrária, capacitá-lo para que chegue na agricultura familiar, e, consequentemente, torne-se um empreendedor familiar rural – como ocorre em Minas Gerais e no sul do país", pontua Ferreira.
