Entra ano, sai ano, e o Aedes aegypti continua preocupando

EDITORIAL -

Data 02/06/2021
Horário 04:15

Há mais de um ano, o mundo parou com a pandemia do novo coronavírus. No Brasil, que já soma 16,5 milhões de casos e mais de 460 mil mortes ocasionadas pela doença, as escolas pararam, os shows e eventos culturais estão suspensos, a torcida nos estádios está proibida. Muita gente continua em home office, outras perderam o emprego, milhares delas nem têm o que comer. Seguimos isolados, com saudade dos amigos e familiares. Saindo só quando necessário (pelo menos assim deve ser), fazendo o uso de máscara e álcool em gel. Nossa vida virou de ponta-cabeça. 
A maioria da população tem medo ser contaminada pela Covid-19 ou perder alguém que ama para a doença. Faltam leitos, faltam insumos, faltam medicamentos. Em muitos hospitais não há vagas. Uma pesquisa inédita, realizada em Serrana (SP), evidenciou nesta semana que a pandemia pode ser controlada a partir da imunização. E, assim, esperamos ansiosamente pela vacina.
Enquanto isso, a vida precisa e deve seguir. Existem outras preocupações além da Covid. E a dengue é uma delas. Na segunda-feira, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Presidente Prudente, por meio da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), informou o primeiro óbito causado pela doença neste ano. A vítima é uma senhora de 74 anos, moradora da Vila Santa Tereza. A área, localizada na região norte, já recebeu as ações de bloqueio, com orientação de toda a população e também o trabalho de nebulização.
Só nestes cinco primeiros meses de 2021, a cidade já registrou 1.007 casos positivos. No total, foram 4.225 notificações, sendo que 2,5 mil casos suspeitos já foram descartados e outros 718 casos seguem em investigação.
Não podemos fechar os olhos ou virar a página, para um mosquito que, sem escolha de sexo, classe social ou idade, também segue fazendo milhares de vítimas pelo país. 
As ações de combate ao Aedes aegypti não param. Nebulização nas casas onde são registrados casos positivos, trabalho de bloqueio para evitar possíveis criadouros do mosquito transmissor e coletas de exames sorológicos. Porém, todo trabalho será em vão, se a própria população não fizer a sua parte. 
Apesar de muitos já saberem de cor, o que pode ou não ser feito, vale a pena repetir as ações principais: evitar o acúmulo de água em recipientes como pratos, vasos, caixas d’água destampadas, garrafas e pneus; colocar telas nas janelas; remover folhas e tudo que possa impedir a água correr pelas calhas; limpar piscinas e aquários; colocar o lixo em sacos plásticos; manter a lixeira fechada; e vistoriar semanalmente seu quintal. Se a dengue sempre está por perto, limpeza e ações preventivas também devem ser permanentes.

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