Envelheça bem... é por você! 

EDITORIAL -

Data 07/11/2020
Horário 04:28

Dados publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2017 já apontavam que a população idosa no Brasil vinha crescendo gradativamente. E está cada vez mais comum conhecer histórias de pessoas que já passaram dos 100 anos e continuam firmes e fortes, na ativa – claro, dentro de suas limitações. A expectativa, segundo estudos, é de que em 2050 a população acima dos 60 anos salte dos atuais 30 milhões para 67 milhões, o que causa uma certa preocupação quanto ao estilo de vida adotado pela juventude de hoje. 
Isso porque a vida moderna proporciona facilidades para o jovem atual. As caminhadas aos mercados foram trocadas pelos aplicativos de transporte; os momentos de lazer no parque foram substituídos por jogos virtuais; até mesmo os passeios aos finais de tarde com o animalzinho de estimação ficaram trancados entre quatro paredes. Cuidar da saúde mental? Só em casos extremos! Tudo aquilo que era costumeiro de se fazer antes do advento da tecnologia, acabou ficando para trás. Mas, cá entre nós... para viver bem e saudável, é preciso sair da casinha e buscar alternativas que possam trazer o bem-estar, que não se limite apenas a ficar parado.
Nas cidades de Presidente Prudente, Adamantina e Dracena, a questão está sendo bem investida pelas municipalidades. O IDL (Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade) 2020, publicado pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon e divulgado ontem por este diário, mostrou a realidade desses locais, que ficaram muito bem colocados no ranking. Força econômica, certa abundância de serviços de saúde, estilo de vida ativo, oportunidades de estímulo intelectual, relativa qualidade da estrutura de habitação, com índices de violência relativamente menores se comparados às demais cidades, estão entre pontos em comum nos desempenhos das selecionadas. 
Claro que é preciso sempre melhorar e investir nas áreas que proporcionem longevidade, algo que às vezes acaba sendo dificultoso para os municípios. Mas, a oportunidade de viver bem está aí, só não aproveita quem não quer. E vale lembrar que a iniciativa para estar bem consigo mesmo e garantir uma velhice saudável não deve partir apenas das ações municipais, mas da própria pessoa. Afinal, futuramente nos tornaremos aquilo que produzimos, vivenciamos e somos para os outros. 

Publicidade

Veja também