Escola domiciliar

OPINIÃO - Arlette Piai

Data 22/09/2020
Horário 04:25

O acalento da vida é sua transformação contínua, e agora a “bola da vez” é a ED (Educação Domiciliar). Este se diferencia da EAD (Educação a Distância) e da escola tradicional. No ED, os pais se responsabilizam pela educação dos filhos. Países diversos adotaram-no, inclusive a Finlândia, detentora da melhor educação do mundo. 
O despertar por esse ensino ocorreu pelos fatores: Os pais livraram-se do pensamento equivocado de que a escola é o local único para se aprender. Entenderam que quantidade de conteúdo é escassez de conhecimento. Perceberam que as crianças e jovens longe de amar o saber, passam a detestá-lo. Razão maior: observaram que após 12 a 16 anos de frequência escolar, a aprendizagem incorporada é ínfima, a formação de valores humanos imperceptíveis, e soma-se ainda o analfabetismo funcional. 
No Brasil, a Educação Domiciliar não foi legalizada, atitude sensata! Se tivesse ocorrido, o Estado gastaria bilhões a menos, mas milhões de crianças carentes seriam retiradas da escola para o trabalho infanto-escravo. Apesar da ilegalidade, alguns pais conseguiram adotá-la e o resultado tem sido excepcional. Os filhos-alunos “dão banho se saber” em quaisquer outros de escolas particulares e também de outros países, portanto, descartá-la totalmente seria um equívoco. 
O caminho da prudência é sempre recomendável, então, a ED poderia iniciar com funcionamento híbrido: Os pais formam pequenos grupos de alunos e uma vez por semana cada pai, mãe ou voluntário ministra aula. Para as disciplinas não cobertas por eles, contratariam professores ou profissionais especializados, dessa forma, os pais não ficam sobrecarregados, o crescimento dos alunos muito superior e os gastos irrisórios. Que tal, leitor, dar avanço à iniciativa da Escola Domiciliar Híbrida? 
Nesta fase de economia, nada melhor que criatividade para fecundar ideias com mais resultado e menos gastos. Se algum grupo iniciar em Prudente a ED disponho-me a oferecer aulas como voluntária e com resultado garantido. Penso que mais voluntários surgirão para participar de um novo nascer esperançoso às nossas crianças e jovens. Muito lindo! Se não houvesse utopia, leitor, viveríamos ainda em cavernas. Utopia é, sempre foi, sempre será caminhos para novas e belas realizações.   
 

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