Escolas estaduais da região e a Covid-19

Dados da Apeoesp somam 62 casos e compreendem ao período de 27 de janeiro a 1º de fevereiro; confirmados interferem na rotina escolar, principalmente nas escolas de ensino integral, aponta sindicato

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 20/02/2022
Horário 07:10
Foto: Reprodução/ Governo de São Paulo
Seduc-SP afirma que as aulas presenciais seguem todos os protocolos de segurança
Seduc-SP afirma que as aulas presenciais seguem todos os protocolos de segurança

Dados da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial Estado de São Paulo) apontam que, de 27 de janeiro a 1º de fevereiro, durante o planejamento escolar, 62 casos de Covid-19 foram confirmados em profissionais da educação na região de Presidente Prudente.

Segundo o coordenador regional da Apeoesp, William Hugo Correa dos Santos, os casos confirmados de Covid-19 interferem na rotina escolar, principalmente nas escolas de ensino integral, onde os professores têm a dedicação plena e a eles não cabem substitutos. Para tanto, a escola deve se organizar entre os professores que já estão lá para ministrar as aulas dos profissionais afastados em decorrência da doença.

Apesar de estarem com o ciclo vacinal completo, vários profissionais necessitam de afastamento de suas funções, uma vez que não conseguem ministrar aulas por conta do cansaço e sonolência, detalha William. “Temos conhecimento de que os profissionais afastados têm que ministrar essas aulas remotamente. Alguns conseguem e outros não em razão dos fortes sintomas da doença”, enfatiza.

Além disso, o coordenador regional detalha que o Estado alega que existe um protocolo de segurança contra Covid-19 dentro das escolas, mas, que, durante visitas da Apeoesp, foi possível observar que algumas medidas não estão sendo seguidas na integralidade.

À reportagem, William também detalhou que, segundo a Secretaria Estadual de Educação, as escolas estaduais somam 264 casos confirmados de Covid-19 – entre profissionais e alunos – no acumulado desde o ano passado. Esse número, no entanto, é aquém da realidade, explica. “Pelo fato de a Secretaria Estadual de Educação estar omitindo esses números, estamos com um link no site da Apeoesp que pode ser preenchido pelos profissionais da educação e pelos pais ou responsáveis desses alunos, porque é uma informação que tem que se tornar pública”, afirma.

 

APÓS 2 DE

FEVEREIRO

Em Presidente Prudente, após 2 de fevereiro, três escolas estaduais registraram 27 casos do novo coronavírus em seus colaboradores, conforme levantamento da Apeoesp. Na Escola Estadual Teófilo Gonzaga da Santa Cruz, dois professores, oito professoras e uma funcionária se contaminaram com o vírus. Já na Escola Estadual Vereador Pedro Tófano, oito professores, quatro professoras e dois funcionários contraíram a Covid-19. A Escola Estadual Antônio Fioravante de Menezes também registrou dois casos do novo coronavírus, sendo estes constatados em duas professoras.

Referente aos casos confirmados, William explica que a Apeoesp notificou o MPE (Ministério Público Estadual) sobre ocorrência de casos na Escola Estadual Teófilo Gonzaga da Santa Cruz. “O MPE nos respondeu solicitando o nome desses profissionais. Estamos em fase de concretização dessa resposta para apuração dessa nossa representação perante ao Ministério Publico Estadual”, explicou o coordenador regional da Apeoesp.

Em nota, a Seduc-SP (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) informou que, atualmente, não há nenhum professor afastado por Covid-19 nas escolas citadas.

 

NOTA DA

SEDUC-SP

A Seduc-SP também acrescentou que qualquer estudante ou professor que esteja com caso suspeito (2 ou mais sintomas) ou confirmado para Covid-19 deve permanecer em isolamento por 7 dias a partir do início dos sintomas. Caso não apresente mais sintomas, pode retornar à escola ao fim deste período. Se os sintomas persistirem, deve-se permanecer em isolamento até o 10º dia ou realizar o teste (RT-PCR ou Rápido de Antígeno) a partir do 5º dia. Com o resultado negativo, poderá retornar às atividades presenciais – se estiver sem sintomas.

As aulas presenciais seguem todos os protocolos de segurança, como uso de álcool em gel e máscaras, aferição de temperatura e higienização constante dos ambientes e mãos, identificação e afastamento dos casos e monitoramento de seus contactantes. “Os contactantes são os que tiveram contato com o caso positivo por mais de 15 minutos, a uma distância de menos de um metro e sem a correta utilização da máscara. Os estudantes afastados deverão ter aulas remotas via Centro de Mídias de São Paulo, sendo garantido a eles o acesso à educação”.

 

 

 

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