Especialista fala sobre riscos da automedicação

PRUDENTE - IVE CAROLINE

Data 07/01/2018
Horário 00:41

A automedicação é um das preocupações da classe médica em função das consequências à saúde da população, segundo o médico especialista em Medicina do Esporte, Breno Luis Erbella Casari, de Presidente Prudente. De acordo com ele, o uso indiscriminado de medicamentos comuns, como os anti-inflamatórios, por exemplo, tem aumentado muito o número de pacientes com hipertensão e doenças renais.

“Remédios simples para dor de cabeça, como o paracetamol, podem sim piorar a situação de uma pessoa que tenha problemas no fígado, por exemplo, e não saiba. É difícil dizer que há medicamentos que possam ser ingeridos sem preocupação, pois todos eles são drogas e,  de alguma maneira, podem ter efeitos colaterais”, explica.

Conforme Breno, para evitar riscos, é sempre necessário procurar por profissionais habilitados e acrescentou que alguns medicamentos têm a dose terapêutica e a toxicidade muito próximas, então aumentar dose de medicação sem prescrição também é um problema muito sério. 

O aposentado Antônio de Lima, 72 anos, já é um consumidor contínuo dos medicamentos das farmácias de Prudente. Segundo ele, o cuidado com a prescrição médica é sua primeira atitude, já que consome medicamentos para pressão alta e diabetes, e conta que se sente mais tranquilo com a presença dos farmacêuticos nos estabelecimentos.

“Sempre quando acabam minhas receitas, eu já marco uma consulta com o médico para pedir uma nova. É preciso tomar este cuidado, pois os remédios, se tomados de forma errada, podem gerar ainda mais consequências e, ao invés de melhorar, acabam piorando a saúde. Como não entendo de dosagens e horários, os farmacêuticos sempre nos passam as orientações de consumo”, ressalta.

Ao contrário de Antônio, a prudentina Silvia Regina Costa Bonfim, 44 anos, é adepta da “política da automedicação”. Cliente fiel dos estabelecimentos do setor, ela explica que só não toma remédios por conta própria caso seja exigida prescrição médica para comprá-los, e relata maior procura nos últimos meses do ano, devido “ao tempo seco e as chuvas de verão repentinas”.

“Geralmente eu recorro à farmácia para comprar medicamentos, seja de gripe, dor de cabeça ou outras dores mais ‘comuns’. Recentemente, eu comprei um xarope indicado por uma amiga, pois eu estava com tosse. Só não compro remédios como antibióticos, por exemplo, pois exigem receita do médico”, acrescenta.

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