Essencialidade das academias é discutida por vereadores

Manter os serviços durante a pandemia tem o objetivo de promover a saúde e qualidade de vida da população e, com isso, ajudar a minimizar agravos da doença no organismo

PRUDENTE - WEVERSON NASCIMENTO

Data 08/03/2021
Horário 20:56
Foto: Reprodução/Weverson Nascimento
Moção foi apresentada à Casa de Leis na sessão desta segunda-feira
Moção foi apresentada à Casa de Leis na sessão desta segunda-feira

Academias de esportes de todas as modalidades não podem funcionar durante a fase vermelha do Plano São Paulo de contingenciamento do novo coronavírus. No entanto, a medida vem sendo questionada por diversos profissionais da área e estudiosos com base em estudos que comprovam que é importante manter-se fisicamente ativo durante a pandemia da Covid-19. Hoje, durante sessão na Câmara Municipal de Presidente Prudente, uma moção foi apresentada aos vereadores, a fim de discutir sobre a essencialidade dos serviços de academia durante a pandemia, como forma de promover a saúde e qualidade de vida da população e, com isso, ajudar a minimizar os agravos da doença no organismo.
De acordo como proprietário da Academia Winner , Paulo Cesar da Costa Leite, que esteve presente na sessão ordinária desta segunda acompanhado do professor universitário, Jair Rodrigues Garcia Júnior, a moção apresentada, mesmo que não permitida frente ao em decreto superior do Estado, propõe uma força e impacto para o desencadeamento de novas avaliações por parte do governo paulista.
O documento apresentado especifica que o profissional de educação física é especialista em atividades físicas, nas suas diversas manifestações – ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano, e outras práticas corporais. Portanto, tem o propósito de prestar serviços que favoreçam o desenvolvimento da educação e da saúde, contribuindo para a capacitação e/ou restabelecimento de níveis adequados de desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários, visando à consecução do bem-estar e da qualidade de vida, da consciência, da expressão e estética do movimento, da prevenção de doenças, de acidentes, de problemas posturais, da compensação de distúrbios funcionais, contribuindo ainda, para consecução da autonomia da autoestima, da cooperação da solidariedade, da integração da cidadania, das relações sociais e a preservação do meio ambiente observado os preceitos de responsabilidade, segurança, qualidade técnica e ética no atendimento individual e coletivo.

Um direito fundamental

A moção apresentada reforça que a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado promover condições indispensáveis ao seu pleno exercício. “Garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”.  
À mesa foi requerido moção de apelo ao governo do Estado para que as academias de esportes de todas as modalidades, bem como profissionais de educação física, sejam declarados como essenciais para a comunidade. 
A moção requer que seja oficiado o governador do Estado, João Doria (PSDB); o presidente da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), Cauê Macris (PSDB); o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux; o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn; o coordenador do Centro de Contingência da Saúde para Enfrentamento do Novo Coronavirus, José Osmar Medina de Abreu Pestana; e o coordenador executivo do Centro de Contingência, João Gabbardo dos Reis; e todas as Câmaras Municipais da 10ª Região Administrativa do Estado de São Paulo.
O documento foi assinado pela maioria dos vereadores e aprovado na sessão de ontem. 

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