Estudantes e funcionários fazem passeata

. “Além disso, queremos uma transparência maior na divulgação dos recursos da universidade. Hoje, os alunos e funcionários não têm participação nas decisões que são todas tomadas pela reitoria", explica.

PRUDENTE - Flávio Veras

Data 26/06/2014
Horário 04:30
 

Professores, funcionários e alunos da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), campus de Presidente Prudente, fizeram ontem à tarde uma passeata na região central da cidade. De acordo com a Adunesp (Associação dos Docentes da Unesp), o manifesto teve o objetivo de mostrar para a sociedade as reivindicações da categoria. A greve, que começou oficialmente há exatos 30 dias, visa aumentar os recursos destinados às três universidades públicas do Estado. Além disso, a categoria ainda pede aumento no quadro de funcionários e participação maior nas decisões das instituições de ensino.

Jornal O Imparcial Passeata percorreu avenidas Manoel Goulart e Coronel José Soares Marcondes sentido à Praça Nove de Julho, na tarde de ontem

A paralisação também atinge a Unicamp (Universidade de Campinas) e USP (Universidade de São Paulo). O ato prudentino teve início às 15h no campus da universidade. No local, os manifestantes confeccionaram cartazes e faixas que abordavam suas reivindicações. Segundo a Adunesp, a mobilização reuniu aproximadamente 70 pessoas. O grupo saiu da Unesp com o apoio da Polícia Militar e agentes de trânsito da Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública). Eles percorreram as avenidas Manoel Goulart e Coronel José Soares Marcondes sentido à Praça Nove de Julho. Nela, foi feita uma nova concentração onde os manifestantes expuseram suas reivindicações para quem passava pelo local. Toda a mobilização ocorreu de forma pacífica.

De acordo com Ricardo Pires de Paula, presidente regional da Adunesp, a manifestação teve como principal objetivo expor para a sociedade as reivindicações da categoria. "Nós queremos que o repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) às instituições passe de 9,56% para 11,06%. Acreditamos que com esse percentual, a universidade poderá aumentar os salários dos funcionários, bem como aumentar a capacidade educacional", considera. "Além disso, queremos uma transparência maior na divulgação dos recursos da universidade. Hoje, os alunos e funcionários não têm participação nas decisões que são todas tomadas pela reitoria", explica.

 

Outro lado


Segundo Marcelo Messias, diretor da FCT/Unesp, as reivindicações dos funcionários foram repassadas à reitoria. "Porém, o órgão decidiu conversar com os funcionários apenas em setembro deste ano, quando os recursos das universidades aumentam devido ao aquecimento do comércio, onde o governo paulista recolhe mais ICMS", argumenta.

 

Reflexo à população

Ainda de acordo com Messias, como a greve também está sendo idealizada pelos alunos, diversos cursos de extensão, os quais têm o objetivo de atender a comunidade, estão suspensos como, por exemplo, a clínica de fisioterapia. "Aproximadamente 200 pessoas deixam de ser atendidas por dia. Esperamos que esse impasse se resolva o quanto antes para que a população seja novamente favorecida", estima.
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