Faleceu, na última sexta-feira, aos 91 anos disputados de vida, o senhor Adelino Dias de Almeida, o Delico, ex-jogador da Apea (Associação Prudentina de Esportes Atléticos) e do Corintinha (Corinthians Esporte Clube de Presidente Prudente) nos tempos de prata do futebol profissional, na década de 50, em Presidente Prudente.
Vindo ao mundo em 19 de agosto de 1931 na nascente Santo Anastácio, ao estalar do século 20, Delico faleceu em decorrência de pneumonia e insuficiência renal em Maringá (PR).
O ex-jogador, que se aposentou como ferroviário, deixa a memória de sua passagem às duas filhas (Eliana e Sandra Regina), seis netos (Lucas, Nathalia, Rafaela, Talita, Bruno e Alexandre) e dez bisnetos na família dos “de Almeida”, que em grande parte residente atualmente na capital da Alta Sorocabana. Ele fez a árvore da família crescer junto à esposa Maria Guirão de Almeida, já falecida.
A vinda de Adelino para Presidente Prudente ocorreu aos 20 anos de idade, quando ele deixou Anastácio para vir trabalhar como ferroviário telegrafista. A função na ferrovia era conciliada com a de jogador de futebol: no período da manhã ou da tarde, Delico dava trilhos ao meio de campo do time em que jogava; já no período noturno, atuava como ferroviário.
Seo Delico foi tema de matéria, assinada por Jean Ramalho, na edição de O Imparcial na quarta-feira do dia 7 de janeiro de 2017. Naquela ocasião, o jornalista trouxe à baila pública as lembranças de Delico, morador do Jardim Cambuy, com 85 anos de idade à época, enquanto “um ex-volante que atuou com as camisas dos principais do time da cidade, na várzea e no profissional”, escreveu Jean naquela ocasião.
Arquivo/Acervo O Imparcial
Seo Delico foi tema de matéria, assinada por Jean Ramalho, na edição de O Imparcial do dia 7 de janeiro de 2017
“Com o número 4 às costas, Delico o meio de campo de inúmeros times, entre eles o Guarany e o Comercial pelos gramados varzeanos, e [pelo profissional] com a Prudentina e Corinthians de Presidente Prudente”, informa o texto de 2017. “Inicialmente, foram duas temporadas com a camisa do Guarany, equipe pela qual conquistou dois títulos da Várzea. Suas atuações chamaram a atenção e a Prudentina o convidou para integrar o Campeonato Paulista da Segunda Divisão”, relembrou a matéria.
Residente no Rio de Janeiro atualmente, o neto Lucas, que entrou em contato com a reportagem de O Imparcial para relatar a partida do avô, conta que Delico para além de um ex-jogador notório da Prudentina era um profundo apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube, um “fanático tricolor’, designa Lucas, o neto.
“Fanático? Nem aqui no Rio, os flamenguistas é igual [sic] ele era pelo São Paulo. Ele era daqueles que a pressão subia e tudo [mais] se o São Paulo perdia. Toda vez que eu ligava por vídeo ele estava com a camisa do São Paulo. Inacreditável”, relembra a memória que tem do avô sobre o fanatismo de Delico pelo tricolor do Morumbi.