Falta de água atinge mil pessoas em Venceslau

O secretário diz ainda que a prefeitura tem realizado campanhas de conscientização no jornal, rádio, site e blogs da cidade, com intuito de alertar os venceslauenses sobre a importância e necessidade de economizar e diminuir o gasto do líquido.

REGIÃO - Rogério Lopes

Data 16/10/2014
Horário 08:26
Moradores das partes altas dos bairros Vila Carmem, Chácara Carmem, Jardim Coroados e Conjunto Habitacional Watanabe, em Presidente Venceslau, sofrem, diariamente, com a falta de água que atinge estas localidades. O problema ocorre desde o fim de agosto e afeta, aproximadamente, mil pessoas de 200 famílias que residem nos bairros. Segundo o secretário da SMSB (Secretaria Municipal de Saneamento Básico), José Clóvis Fróes de Moraes, o problema é "comum" e ocorre nos meses do verão ou, neste caso, nos dias secos e quentes, onde o consumo de água aumenta 50%.

Jornal O Imparcial Conjunto Habitacional Watanabe é um dos bairros atingidos pela falta de água na cidade

Com isto, segundo o secretário, a água não tem pressão para chegar nas residências das áreas mais altas, o que causa o pouco fluxo ou a falta total dela. Informa, porém, que o problema será sanado, com a inauguração dos dois poços e reservatórios da cidade. Moraes ressalta que um dos postos de abastecimento – que vai abastecer os bairros Vila Carmem, Chácara Carmem, Jardim Coroados, entre outros adjacentes, deve estar pronto em 20 dias. Já em relação ao segundo, que vai atender a população do Watanabe, falta apenas a instalação da parte elétrica. O trabalho é de responsabilidade da empresa Caiuá Distribuição de Energia S/A e, de acordo com o secretário, deve ser feito dentro de "poucos dias". No entanto, consultada pela reportagem, a Caiuá informou que, para realizar as obras que colocarão o reservatório em funcionamento no Conjunto Habitacional Watanabe, são necessárias duas intervenções. "Uma delas é de nossa responsabilidade e foi executada ontem", afirma. A concessionária acrescenta que a próxima etapa trata-se da instalação de um transformador particular e demais equipamentos de responsabilidade do município. "Assim que estas instalações estiverem concluídas, a Caiuá fará uma vistoria no local e ligará a energia elétrica no conjunto", conclui.

 

Cenário


Moraes ressalta que, rotineiramente, falta água nas partes altas dos bairros citados e que isso deve-se ao uso "indiscriminado e exagerado", nos dias quentes e secos costumeiramente vividos no verão, mas que, neste ano, vem ocorrendo desde agosto pelos moradores, principalmente das residências que ficam na parte baixa das localidades. "O consumo aumenta, em média, 50%, e a água não tem pressão para chegar aos locais mais altos", conta. Ele informa que a situação tem sido constante e a falta é "comum" nos três primeiros bairros citados, entre às 9h e 19h. No Watanabe, conforme expõe, a falta é mais frequente nos finais de semana, quando, segundo Moraes, os moradores estão em casa e realizam os trabalhos domésticos, como, por exemplo, lavar roupa, quintal, banheiro, entre outros.

O secretário diz ainda que a prefeitura tem realizado campanhas de conscientização no jornal, rádio, site e blogs da cidade, com intuito de alertar os venceslauenses sobre a importância e necessidade de economizar e diminuir o gasto do líquido. "Orientamos que as pessoas varram os quintais e calçadas, ao invés de lavar. É onde notamos o maior índice de desperdício", pontua.

 

Investimento


Sobre os novos postos e reservatórios que vão abastecer os bairros, o secretário acredita que os mesmos sanarão os problemas de abastecimento por, no mínimo, nos próximos 15 anos. "São projetos que vão atender a demanda e as necessidades da população", frisa.

Um dos poços – que engloba os moradores do Vila Carmem, Chácara Carmem, Jardim Coroados e adjacências e é situado ao lado do Conservatório Musical – tem 220 m de profundidade e deve ficar pronto em 20 dias. A obra custou R$ 170 mil e é uma parceria entre a prefeitura e o loteamento Aripuanã. Já o reservatório, que fica ao lado do poço e é semienterrado (uma parte externa e outra para dentro do solo), tem capacidade para receber 1 milhão de litros de água e custou R$ 400 mil, adquiridos por meio de um convênio entre a prefeitura e a Funasa (Fundação Nacional de Saúde).

A segunda obra, que vai atender os moradores do Watanabe, Moraes ressalta que já está "praticamente pronta", pois o poço já abastece as residências. O que falta, de acordo com o secretário, é a conclusão do reservatório. "Tudo estará pronto depois de realizar as instalações elétricas, feitas pela Caiuá, e após a colocação do transformador. Acredito que até a próxima semana estas instalações tenham sido feitas", comenta.

Foram investidos, nesta obra, R$ 245 mil, provenientes de um convênio entre o Executivo e a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Urbano e Habitacional).
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