Falta de asfalto e esgoto gera reclamações de moradores

Nossa realidade é um absurdo. Pagamos nossos impostos e ainda temos que conviver com esse descaso

PRUDENTE - Alana Pastorini

Data 17/09/2013
Horário 08:34
 

Moradores da Rua Ademário Botta, distrito de Floresta do Sul, em Presidente Prudente, reclamam da falta de pavimentação no local, justificando que há 10 anos a estrada é de terra e que nenhuma providência foi tomada até o momento. Paralelo a isso, a situação é ainda mais agravante, porque o distrito inteiro não possui rede de esgoto, assim, o fluido é jogado diretamente nas ruas, acarretando em mau cheiro e buracos nas vias.

Jornal O Imparcial Distrito de Floresta do Sul inteiro não tem rede de esgoto

A doméstica Nilda Helena Bispo, 41 anos, conta que a falta de pavimentação é uma reivindicação antiga da comunidade e que várias reclamações foram feitas junto ao Executivo e, mesmo se passando 10 anos, nenhuma medida foi providenciada. Além disso, expõe que na rua existem cinco quadras, sendo apenas uma pavimentada. "A gente não sabe se reza pra chover ou não, porque em tempos secos, é muita poeira, e quando chove, vira tudo lama, ficando quase impossível sair de casa", pontua.

A moradora Eide Luiz Azevedo, 33 anos, conta que sair para trabalhar em dias chuvosos, somente com sacolas plásticas amarradas nos pés. "Nossa realidade é um absurdo. Pagamos nossos impostos e ainda temos que conviver com esse descaso. Tenho três crianças pequenas, todas com rinite com por causa das condições da área", expõe.

A faxineira Marinalva Consolação do Nascimento, 41 anos, mora na rua há 5 anos e desde sua mudança ao local, lamenta a situação do distrito. "Não é somente aqui que existe o problema da falta de esgoto, item que agrava ainda mais a falta de pavimentação, pois o esgoto é jogado direto na rua, ocasionando grandes buracos. É muita promessa para pouca ação", salienta.

 

Explicações


Sobre a falta de asfalto na Rua Ademário Botta, a Companhia Prudentina de Desenvolvimento (Prudenco), esclarece que, de acordo com a Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), a pavimentação está no programa de obras do ano que vem. No entanto, só receberá asfalto após a implantação da rede de esgoto. "Por isso, a população do local deve aguardar essas benfeitorias, cujas medidas para realização já estão em processo", instrui a empresa. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) diz que para executar o empreendimento, é necessária liberação de áreas de terceiros, o que gerou resistência de alguns proprietários e, consequentemente, atraso no processo licitatório. Diante do fato, confirma que a Prefeitura expediu decretos de desapropriação. A expectativa da Sabesp é que até o final deste ano a obra seja liberada para licitação. A reportagem tentou repercutir com o Executivo sobre os decretos, contudo, não obteve êxito até o fechamento desta edição.

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