“Por ora, está decidido que não haverá carnaval em Presidente Prudente”. Essa é a fala do tesoureiro da Aespp (Associação das Escolas de Samba de Presidente Prudente), Fernando Testa, após a Prefeitura anunciar que, para o próximo ano, não investirá dinheiro no evento. A informação foi repassada pelo próprio chefe do Executivo, Nelson Roberto Bugalho (PTB), durante entrevista exclusiva ao jornal O Imparcial. A falta da verba, que em girava entorno de R$ 200 mil a R$ 300 mil por ano, inviabiliza a realização da festa.
O cancelamento do repasse atinge diretamente a Aespp, que até então recebia a ajuda da administração municipal. Contudo, Fernando garante que a associação tem tomado medidas para que o evento ocorra. “Como a carnaval é apenas na primeira semana de março, ainda tentaremos buscar recursos, possibilidades, fazer contatos. Ainda dá tempo”, explica.
O tesoureiro também ressalta que, como choveu na edição de 2018, todo o trabalho das escolas de samba foi danificado, pensando nos materiais que não puderam ser reaproveitados. “Isso faz com que necessitemos de uma verba para poder colocar os carros na avenida, pensando nos ajustes a serem feitos”, completa.
Por outro lado, Fernando entende que, a exemplo de outros municípios, a crise implica na contenção de gastos do erário público. Sendo assim, afirma que a atual diretoria sempre foi grata à municipalidade pela ajuda que vinha recebendo, que não se tange apenas ao dinheiro, mas também aos recursos viários e suporte de segurança que sempre deu para a realização da festa.
“Se até o fim de janeiro conseguirmos juntar esse valor necessário realizaremos o carnaval. Caso isso não ocorra, prometemos voltar em 2020 com tudo”, acrescenta Fernando. Associadas à Aespp existem duas escolas de samba: Independentes da Zona Leste e Renascer da Operária.
Diminuição do valor
Como acompanhado por este periódico, no fim de 2017 o prefeito chegou a cogitar que o carnaval não fosse realizado em 2018, no entanto, autorizou a realização da festa, desde que os gastos provenientes fossem limitados a R$ 150 mil, metade do que era de costume.
