FCT Unesp recebe superintendente do Incra em São Paulo

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 15/04/2023
Horário 13:42
Foto: Roberto Mancuzo
Sabrina Diniz, superintendente do Incra em São Paulo, durante reunião na FCT Unesp
Sabrina Diniz, superintendente do Incra em São Paulo, durante reunião na FCT Unesp

A FCT Unesp recebeu na manhã deste sábado a superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em São Paulo, Sabrina Diniz. O encontro marcou um momento maior de articulação e apoio da universidade junto às ações de convênios, projetos e parcerias do instituto na região de Presidente Prudente.

A reunião reuniu o pró-reitor de Extensão e Cultura da Unesp, professor doutor Raul Guimarães; Cristina Baron e Ricardo Pires de Paula, diretora e vice-diretor da FCT Unesp; os professores doutores Paulo Cesar Rocha, Luis Antônio Barone e Antônio Thomaz Junior; o pesquisador do Cetas, Carlos Feliciano; Thiago Gomes,, Cledson Mendes, Zelito Luz da Silva e Márcio Barreto, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra); e Fernanda Matheus, doutoranda em Geografia na FCT Unesp.

Sabrina Diniz é advogada popular em questões envolvendo conflitos de terras, reforma agrária e regularização de territórios quilombolas junto ao Poder Público, sindicatos e movimentos sociais. Foi responsável por pesquisas sobre criminalização dos movimentos sociais e violação de direitos humanos já havia atuado anteriormente no Incra em São Paulo, no período de 2003 a 2005, como mediadora de conflitos, acompanhando reintegrações de posse e acampamentos da reforma agrária.

Segundo o professor Raul Borges Guimarães, é uma oportunidade relevante receber o Incra por parte da direção e da própria universidade. “Isso abre novas perspectivas de ações para os próximos anos no que diz respeito a convênios, pesquisas e parcerias”, diz.

As palavras da diretoria Cristina Baron seguiram neste sentido. “Nós nos colocamos à disposição do Incra para o que for necessário em relação aos projetos regionais do Incra. Temos voltado muito as nossas atenções para uma relação mais próxima da instituições que possam contribuir com nossas necessidades, como a segurança alimentar dos alunos, por exemplo, e toda parceria e convênio são bem-vindos”.

O vice-diretor da FCT Unesp, Ricardo Pires de Paula, explicou que há pelo menos um ano que a FCT se dedica às relações mais articuladas entre as instituições públicas e assentados, especialmente via convênios e projetos como a chamada pública para compra de alimentos de assentamentos para o Restaurante Universitário via PPAIS do Itesp. “É uma perspectiva muito importante de crescimento de todas essas ações, deste alinhamento e aproximação entre instituições com benefícios para a sociedade”, disse.

Zelito Luz da Silva, representante do MST, reforçou que é preciso somar forças para a luta pela terra em todas as instâncias. “Precisamos pensar na totalidade, não apenas um departamento ou outro. O uso da terra precisa ser responsável e a Unesp é a nossa chancela científica para enfrentar as batalhas diárias de recuperação de terras no Pontal do Paranapanema”.

Cledson Mendes, atual gerente do Ceagesp de Presidente Prudente e também militante do MST, foi enfático em dizer que é preciso haver informação e habilidade entre as instituições para que todos sejam beneficiados. “Especialmente os pequenos produtores, que muitas vezes possuem poucas informações sobre como podem comercializar as produções”.

A superintendente do Incra, Sabrina Diniz, entende que a interiorização das articulações entre Incra e unidades de ensino como a Unesp é fundamental. “Temos que reforçar o apoio aos pesquisadores que historicamente possuem trabalhos relevantes sobre a questão agrária porque os dados que são produzidos determinam em boa parte as nossas políticas públicas”.

Em especial, Sabrina reforçou a questão da extensão também, que junto o ensino e pesquisa, são os catalisadores das mudanças sociais. “É na prática dos assentados e no contato de nossos alunos que descobrimos como podemos agir de forma mais justa e racional. Especialmente na formulação de convênios que priorizem a divisão de tarefas para captação de dados e documentação de práticas. Não faz sentido deslocarmos equipes inteiras de São Paulo para pesquisas e extensão se podemos contar com os pesquisadores locais”.

O Pontal do Paranapanema, para Sabrina, será o ponto maior de discussão entre o Incra e o governo do Estado daqui para frente. “Precisamos agilizar os processos que estão parados e todo trabalho de reconstituição daqueles que foram perdidos ou precarizados nos últimos anos”, disse.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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