Feedback assertivo

Walter Roque Gonçalves

COLUNA - Walter Roque Gonçalves

Data 22/06/2025
Horário 04:09

Em qualquer empresa, a convivência entre pessoas com personalidades e experiências diferentes pode resultar em atritos. Quando os problemas são ignorados, comprometem a motivação e a produtividade da equipe. Por isso, o feedback assertivo é uma ferramenta indispensável para resolver conflitos e fortalecer o clima organizacional.
Dar feedback assertivo significa comunicar-se de forma clara, respeitosa e objetiva. Esse tipo de conversa evita julgamentos e acusações e foca nos fatos e impactos do comportamento, facilitando a mudança. Por exemplo, em vez de dizer “Você nunca cumpre prazos!”, diga “Percebi que o último prazo não foi cumprido e isso gerou retrabalho para a equipe. Como podemos evitar que isso aconteça novamente?”. Essa postura coloca o problema no centro da conversa, e não a pessoa, minimizando a resistência e abrindo espaço para o diálogo.
Outro ponto crucial é ouvir ativamente o colaborador. Ouça suas dificuldades, perceba seu ponto de vista e esteja aberto a sugestões. Esse cuidado reforça que o objetivo do feedback não é apontar culpados, e sim buscar soluções conjuntas. O resultado? Uma equipe mais engajada e menos propensa a novos atritos.
Além disso, o momento e o local do feedback são determinantes. O ideal é que a conversa aconteça em particular e logo após o fato ocorrido, quando as informações ainda estão frescas. Dessa forma, a situação pode ser esclarecida antes que gere boatos e desentendimentos.
Por fim, valorize os acertos e conquistas, pois o feedback assertivo também inclui reforços positivos. Reconhecer o que está indo bem aumenta a autoconfiança e o comprometimento do profissional, criando um ambiente em que todos entendem que a comunicação é uma via de mão dupla.
No entanto, pode ser que uma parte dos colaboradores permaneçam relapso, negligente, insubordinado ou com falhas técnicas que comprometem o resultado da empresa, outras medidas devem ser consideradas. Antes de qualquer decisão mais extrema, estabeleça um plano de melhoria com metas claras e um prazo para que ele corrija o comportamento. Registre os feedbacks e os acordos feitos, oferecendo suporte e treinamentos, quando necessário, para minimizar a imperícia.
Se, apesar dessas oportunidades, o profissional continuar no mesmo caminho, promovê-lo para o mercado, ou seja, demiti-lo passa a ser a principal alternativa. Essa decisão, além de ajudar o colaborador a refletir sobre suas atitudes e competências, reforça o compromisso da empresa com a qualidade e valoriza os que realmente se esforçam. Dessa forma, o crescimento saudável e duradouro da organização se torna uma realidade, sustentado por uma equipe engajada e alinhada com os mesmos objetivos.

 

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