Felipe Furuuti Dutra evolui e sonha com carreira na arbitragem

Filho do árbitro Clayton Dutra, jovem de Álvares Machado está concluindo curso da FPF e mira ser juiz no futebol profissional

Esportes - CAIO GERVAZONI

Data 18/06/2025
Horário 07:40
Foto: Priscila Fiotti/Agência FPF
Conclusão do curso está prevista para setembro deste ano, mês em que Felipe já terá completado 18 anos
Conclusão do curso está prevista para setembro deste ano, mês em que Felipe já terá completado 18 anos

Aos 17 anos, Felipe Furuuti Dutra está a poucos meses de concluir uma importante etapa de sua formação como árbitro de futebol. Natural de Álvares Machado e filho do árbitro Clayton de Oliveira Dutra, o jovem cursa atualmente a escola de arbitragem da FPF (Federação Paulista de Futebol), após ser aprovado em um rigoroso processo seletivo da federação para novos árbitros de futebol. A conclusão está prevista para setembro deste ano, mês em que Felipe já terá completado 18 anos.

A história do garoto com a arbitragem começou cedo. Aos 13 anos, o menino já se arriscava com a bandeira nas mãos, sob a supervisão do pai. Agora, mais amadurecido, Felipe sonha alto: quer trilhar uma carreira profissional na arbitragem e chegar aos quadros da FPF, da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e, quem sabe, da FIFA (Fédération Internationale de Football Association). “Desde criança, meu pai me colocou nesse ramo e isso virou um sonho pra mim. Hoje tenho certeza de que quero seguir carreira”, afirma o jovem.

Felipe foi um dos 85 selecionados entre centenas de inscritos no curso da FPF. O edital previa a participação de jovens que completassem 18 anos até o fim do ano e tivessem ensino médio em curso ou concluído, condições que permitiram sua inscrição. Atualmente, ele está no 3º ano do ensino médio. “Foram várias etapas: prova teórica, teste físico, investigação social. Ele foi aprovado em todas”, comenta Clayton com orgulho.

Referência que vem de casa

A principal referência de Felipe na arbitragem é, sem surpresa, o próprio pai. “Ah, com certeza, não tem como não falar do meu pai né? Porque se não fosse ele eu nunca estaria nesse ramo do futebol, da arbitragem. Eu acho que realmente sem ele não estaria nunca até porque ninguém pensa assim nessa idade assim tão novo em ser árbitro de futebol. Então acredito que se não fosse ele assim eu não estaria aqui. Ele é meu ídolo. Foi quem me ensinou tudo desde pequeno, em casa. Claro, admiro também nomes como Raphael Claus e Marcelo de Lima Henrique, que tive a oportunidade de conhecer quando vieram apitar jogos em Prudente”, conta.

“DE 50 JOGOS QUE EU 'BANDEIRO', NADA SE COMPARA A APITAR UM JOGO DE VERDADE. PORQUE PARA MIM O FRIO NA BARRIGA, A SENSAÇÃO DE APITAR UM JOGO, DE SENTIR A EMOÇÃO DA PARTIDA MAIS DE PERTO, É ALGO SURREAL QUE REALMENTE EU NÃO TROCARIA POR NADA”
Felipe Furuuti Dutra

O Claus é de Santa Bárbara do Oeste e o Marcelo é carioca. “Eles já vieram fazer jogo aqui e eu consegui ter bastante assunto com eles né? Eles me motivaram bastante, perguntaram se ia fazer o curso...  Eu tive a oportunidade de conhecer os dois. E ter essa experiência de conhecer os árbitros famosos foi um sonho”, complementa o jovem. 

Emoção com o apito na mão

Apesar de ter começado como assistente, Felipe revela que a sensação de comandar uma partida como árbitro principal é incomparável. “De 50 jogos que eu 'bandeiro' [fico como bandeirinha], nada se compara a apitar um jogo de verdade. Porque para mim o frio na barriga, a sensação de apitar um jogo, de sentir a emoção da partida mais de perto, é algo surreal que realmente eu não trocaria por nada”.

Ele também destaca sua postura dentro de campo: respeito, humildade e compromisso com o espírito esportivo. “Trato os atletas como gostaria de ser tratado. Estou ali para cumprir a regra com justiça e imparcialidade. O futebol precisa disso”. 


 

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