Com a crescente ocorrência de eventos climáticos extremos, como chuvas intensas, vendavais e inundações, o seguro se torna uma ferramenta de proteção essencial para pessoas e empresas. É o que afirma João Marcos Buzinario, diretor da Pontuar Seguros. O diretor utiliza exemplos locais, como as inundações no Parque do Povo em Presidente Prudente, para ilustrar a relevância da proteção.
Tratamento similar a acidente: "Todos os seguros hoje, de automóveis, por exemplo, têm a cobertura de catástrofes, de danos naturais, enchente, vendaval. O seguro é como se fosse, para essa situação, é como se fosse um acidente mesmo com o automóvel", explica Buzinario.
Em casos de inundação, por exemplo, o veículo passa por avaliação e, dependendo do dano, pode resultar em pagamento de franquia ou indenização integral.
Para residências e empresas, a cobertura contra vendaval e granizo também é crucial. Buzinario faz um alerta sobre a necessidade de os empresários revisarem o valor de sua apólice:
Valor real do patrimônio: "É importante... sempre que a pessoa for fazer o seguro empresarial dela, verificar o valor real que custa aquela estrutura. Porque tem seguros que a gente pega uma apólice na mão... precisa de uma cobertura aí de R$ 300 mil para refazer a empresa, tem uma cobertura lá de R$ 20 mil, R$ 30 mil para vendaval".
O seguro residencial, na modalidade básica com cobertura de vendaval, é suficiente para amparar danos decorrentes do sinistro, tanto na estrutura da casa quanto no conteúdo interno.
Embora a procura por seguros patrimoniais tenha aumentado em função das mudanças climáticas, Buzinario aponta o seguro de vida como a principal área negligenciada pelos brasileiros.
A lacuna do mercado: "O pessoal hoje dá valor muito no seguro do automóvel... só que o principal, que é a vida, a pessoa deixa de fazer o seguro... Às vezes, um pai de família tem um filho de 10 anos, paga uma escola particular... e se esse pai de família chegar a faltar? Como que vai ficar o crescimento desse filho, os estudos dele?".
O diretor enfatiza que o seguro de vida, geralmente de custo acessível, é fundamental para garantir o futuro e a estabilidade financeira familiar em caso de imprevistos.
Buzinario vê o futuro do seguro no Brasil com a tendência do digital, que está "chegando forte". Ele aconselha que os corretores se mantenham atentos e inovem para acompanhar as transformações do mercado.
