Festival colabora para difusão do beisebol

Já ontem, a atividade envolveu uma vivência com equipamentos cedidos pela liga, como gaiola inflável, minicampo, pista de corrida e máquina que dispara as bolas, que simularam diversas situações de jogo.

Esportes - Jean Ramalho

Data 20/03/2014
Horário 08:35
 

"Foi satisfatório. Mas não terá validade alguma se ações relativas à modalidade não forem promovidas rotineiramente". Com essas palavras, o técnico da seleção brasileira infantil de beisebol, Paulo Nakashima, que mora em Presidente Prudente, fez sua leitura sobre o Beisebol Festival, que foi realizado entre anteontem e ontem, no Parque do Povo. Falando em nome do presidente da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol (CBBS), Jorge Otsuka, Nakashima relata que as cerca de 600 pessoas que passaram pelo evento ao longo dos dois dias, conforme cálculos da organização, só se tornarão praticantes do esporte se houver um acompanhamento por parte dos incentivadores.

Jornal O Imparcial Atividade foi realizada com equipamentos oferecidos pela liga norte-americana da modalidade

"Como a confederação está com a missão de aumentar o número de praticantes da modalidade no País, a iniciativa foi válida, pela quantidade de crianças que compareceram. Mas isso não adiantará de nada se pararmos por aqui. Se não forem promovidas novas ações envolvendo o esporte", afirma o treinador. "Para ter validade, é preciso ter continuidade, para isso, anotei o nome de alguns garotos que afirmaram ter gostado do beisebol e agora vamos incentivá-los", revela.

O Beisebol Festival teve início na tarde de anteontem, através de uma parceria entre o Sesc Thermas, por meio do Circuito Sesc de Esportes 2014, com a CBBS e a Major League Beisebol (MLB), liga norte-americana. No primeiro dia, o evento recebeu os jogadores da seleção brasileira adulta Jean Tomé e Rafael Miranda Fernandes, que falaram sobre suas trajetórias dentro do beisebol. Já ontem, a atividade envolveu uma vivência com equipamentos cedidos pela liga, como gaiola inflável, minicampo, pista de corrida e máquina que dispara as bolas, que simularam diversas situações de jogo.

Além disso, as equipes pré-infantil e infantil da Associação Cultural, Agrícola e Esportiva (Acae) encerraram a atividade no campo de grama sintética do Parque do Povo, com uma partida de exibição, ontem à noite. O evento contou ainda com o apoio da Little League do Brasil (LLB), entidade criada pela CBBS e MLB para difundir o beisebol brasileiro.

 

Rebatida certa


Para o coordenador de esportes do Sesc Thermas, Lucas Melo Neves, ainda que não tenha colaborado de forma efetiva para o aumento no número de praticantes da modalidade, o evento atingiu seu objetivo principal. Que foi de divulgar e promover a aproximação da população ao beisebol.

"Conseguimos perceber o interesse das pessoas, principalmente a presença de diversas escolas. A intenção de levar o evento ao Parque do Povo para provocar a atenção dos populares que frequentam o local também foi viável. Então, nossa proposta de difundir o esporte foi alcançada", pontua Neves.

Por sua vez, o técnico da Acae/Hinomoto/Semepp, Mário Kaneki, considera que o festival cooperou para quebrar o estigma de que o beisebol carrega de ser um esporte praticado apenas por descendentes de orientais. "Embora o tempo tenha sido curto, a divulgação ocasionada pelo evento foi satisfatória. A população, de um modo geral, acredita que o beisebol seja um esporte praticado apenas pela colônia japonesa. A atividade serviu para mostrar que qualquer um pode praticar a modalidade, independente da nacionalidade", analisa Kaneki.
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