Fundação nasce para fomentar a inovação no oeste paulista

Iniciativa ancorada na ciência surge com a proposta de gerar vários impactos positivos no cenário regional

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 21/03/2021
Horário 05:08
Foto: Arquivo/Marketing Unoeste
Doutores Fábio Echer e Adilson Guelfi anunciam a implantação da Fundação Oeste Paulista de Inovação (Fopi)
Doutores Fábio Echer e Adilson Guelfi anunciam a implantação da Fundação Oeste Paulista de Inovação (Fopi)

Com o objetivo de propor e apoiar programas e projetos de desenvolvimento científico, econômico, social e ambiental acaba de ser oficializada e colocada em funcionamento a Fopi (Fundação Oeste Paulista de Inovação). Iniciativa que amplia as possibilidades de parcerias privadas e públicas com pesquisadores vinculados à Unoeste, com a proposta de gerar vários impactos positivos no cenário regional.
O diretor presidente, Fábio Rafael Echer, conta que a ideia de criação da fundação surgiu de demanda interna de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Agronomia, que oferta mestrado e doutorado.  Havia a necessidade de tornar mais fácil e ágil a gestão financeira dos projetos de pesquisa junto à iniciativa privada; o que até então exigia o trânsito em etapas do trâmite institucional.        

Forte mecanismo

Com a redução dos passos, encurtou a distância entre os pontos de partida e de chegada em relação ao que anteriormente era feito pela instituidora da fundação dentro de suas outras múltiplas atividades, a Apec (Associação Prudentina de Educação e Cultura), mantenedora da Unoeste. Conforme Fábio, uma das motivações de criação da Fopi foi a de facilitar parcerias com a iniciativa privada e o setor público, em suas necessidades de pesquisas.
Na condição de membro do Conselho Curador, o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Dr. Adilson Eduardo Guelfi, diz que a Fopi se insere no cenário regional como mecanismo capaz de fomentar e realizar o desenvolvimento tecnológico e econômico, através da inovação. Os impactos previstos são os de maior investimento regional, maior nível de inovação, mais tecnologias aplicadas, profissionais mais qualificados, melhor renda e vida social.

Mais agilidade

Dentre os benefícios proporcionados com a criação da Fopi, Fábio diz que o principal deles é o de dar mais agilidade aos processos, por conta de os procedimentos contratuais serem mais simples. “A gente tem mais autonomia perante o Ministério Público para fazer a gestão dos projetos e dos recursos, com mais flexibilidade na gestão e execução das pesquisas”, comenta sobre a fundação que está disponível para atender os interessados em projetos em várias áreas do conhecimento.
A referência ao Ministério Público está relacionada ao fato de que toda fundação, como patrimônio de personalidade jurídica, é administrada de acordo com o seu estatuto social e cabe aos promotores de Justiça a adoção de medidas impostas pelo Código Civil, tal como exame anual de contabilidade sobre questões de demonstrações contábeis, registros e documentos fiscais e administrativos, avaliação de pareceres do conselho fiscal; requisição de relatórios, balancetes e atas de reuniões, dentre outros. Também realiza auditorias mediante visitas de inspeções sobre a qualidade dos serviços prestados e outras questões pertinentes.

Leque de ações

Além das pesquisas, a Fopi  poderá promover cursos de especialização, simpósios, seminários, conferências, estudos, divulgação de conhecimentos científicos, sociais e econômicos; colaborar com o desenvolvimento de cursos de pós-graduação lato sensu (especializações e MBAs) e stricto sensu (mestrado e doutorado); instituir prêmios de estímulo e reconhecimento científico, técnico e cultural; e celebrar convênios, contratos e parcerias com entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras.
As oportunidades de pesquisas estão abertas para atender demandas dos setores público e privado, dentro das normas acadêmicas. A Fopi também está habilitada para a captação de recursos nos dois setores, no Brasil e em outros países. Já está em operacionalização a continuidade de projetos iniciados antes de ser constituída a fundação e apoiados pela Associação Paulista de Produtores de Algodão (Appa), com atendimentos em Martinópolis, Rancharia Presidente Bernardes e Holambra.

Projetos em andamento

São projetos dentre os quais estão o sobre produtividade e qualidade de fibra de cultivares de algodão em duas épocas no oeste paulista, com o objetivo de avaliar o desempenho produtivo e qualitativo de cultivares de algodão. Outro projeto é sobre o desenvolvimento radicular e produtividade do algodoeiro cultivado em sistemas de rotações de culturas, com a finalidade de avaliar a distribuição do sistema radicular e a produtividade do algodoeiro cultivado após sistemas de rotações de culturas.
Também está em andamento o projeto sobre produtividade e qualidade do algodão adubado com doses combinadas de nitrogênio, potássio e boro, cujo objetivo é avaliar a nutrição, metabolismo enzimático, produtividade e qualidade de fibra do algodoeiro submetido a diferentes doses de nitrogênio, potássio e boro em solos arenosos do oeste paulista e argilosos de Holambra II.
Tem ainda o projeto sobre produtividade, qualidade de fibra e nutrição do algodoeiro em diferentes fontes e doses de cálcio, sendo que o objetivo do estudo é avaliar os efeitos de diferentes fontes e doses de cálcio na produtividade, qualidade de fibra e nutrição do algodoeiro; com experimento conduzido em Presidente Bernardes, em latossolo argilúvico de textura arenosa.

Envolvidos na gestão

Além de Fábio como diretor presidente, a diretoria executiva é composta pelo diretor acadêmico científico Dr. Anthony César de Souza Castilho e pela diretora administrativa Érika Mayumi Kato Cruz. Além de Adilson, fazem parte do Conselho Curador Murilo de Oliveira Lima Carapeba, Marcelo Faria de Medeiros, Sidnei Perciliano de Azevedo, José Eduardo Creste, Jair Rodrigues Garcia Junior, Henrique Issa Artoni, Carlos Sérgio Tiritan e Emerson Silas Doria. O Conselho Fiscal é composto pela presidente Glaucia Prada Kanashiro, Haroldo César Alessi e Homéro Ferreira. Há dentre os envolvidos representantes da reitoria da Unoeste, pró-reitorias e departamentos jurídico e pessoal, dentre outros.


Os impactos previstos são os de maior investimento regional, maior nível de inovação, mais tecnologias aplicadas, profissionais mais qualificados, melhor renda e vida social

 

 

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