O projeto Nelore JOP, um dos responsáveis pela importação de genética Nelore da Índia para o refrescamento de sangue da raça no país, coloca à venda suas 169 melhores matrizes, dois reprodutores de destaque e 94 bezerras e bezerros selecionados, no dia 15 de maio, a partir das 9h.
Todos os animais são LEI (Livre Especial de Importação). São produtos da quarta geração dos embriões importados há duas décadas, uma genética pura, composta por linhagens inéditas para o refrescamento de sangue do rebanho, que contribui para o contínuo aumento da produtividade da pecuária brasileira.
“Trata-se de um dos mais importantes eventos da pecuária brasileira em 2022. É uma oferta inédita de fêmeas rigidamente selecionadas desde o nascimento, perfeitas para o acasalamento com os melhores reprodutores Nelore da atualidade. É uma inestimável contribuição para inibir o fator de consanguinidade”, assinala Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, o Arnaldinho, ex-presidente da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) e um dos maiores conhecedores da raça Nelore.
“A missão de trazer essa genética da Índia e colocar à disposição dos selecionadores brasileiros é emocionante. Escolhi os melhores touros e as principais vacas com características ideais para contribuir para o sucesso da pecuária brasileira. É impressionante o ganho genético que essa genética proporciona e que agora está à disposição de criadores de todo o país”, diz Ângelo Mário Prata Tibery, do Espólio OT, parceiro do Nelore JOP.
Além da qualidade genética dos embriões importados pelo Nelore JOP da Índia, o dr. Marcio Ribeiro da Silva, da Melhore Animal, destaca a avaliação técnica, utilizando as mais modernas técnicas disponíveis. “O cuidado é extremo desde o início do projeto, com rígida avaliação pré-desmama e pós-desmama. É fantástico o progresso genético obtido ano após ano. São fêmeas de alta fertilidade e muita precocidade. Outro ponto a destacar é a rápida deposição de gordura dos animais”, explica o especialista.
O prof. José Bento Ferraz, da USP Pirassununga, reforça que a seleção dos animais Nelore JOP envolve a mais completa avaliação genética, com foco na produção e também na reprodução. “São animais de características únicas e com dados zootécnicos para comprovar seus atributos, além de cumprir o importante papel de refrear a endogamia. São produtos diferenciados, que terão contribuição indiscutível nos mais qualificados plantéis do país”, assinala o professor.
A importação de genética pelo projeto Nelore JOP cumpre papel essencial no processo de redução do risco de consanguinidade do rebanho Nelore do Brasil. O cuidado com a qualidade da genética importada da Índia inclui desde o início os necessários cuidados zootécnicos em termos de respaldo científico e avaliação técnica, inclusive para atender ao rígido protocolo sanitário do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que autorizou a importação e contou com apoio da Embrapa, Associação Brasileira dos Criadores de Zebu e CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil).
Essa contribuição com o futuro da pecuária brasileira é representada pelo compromisso dos parceiros do Nelore JOP firmado com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de disseminarem os melhores exemplares nascidos dos embriões importados com os selecionadores de Nelore de todo o país.
O projeto Nelore JOP é composto pelas propriedades Guadalupe, Espólio OT, VRJC José Carlos Prata Cunha, Katayama, Ônix e Zeus. (Da Texto Comunicação)
Estudo do Ciet (Centro de Inteligência da Economia do Turismo), da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, traçou o perfil e os gastos dos visitantes à feira Agrishow, evento de agronegócios, que ocorreu de 25 a 29 de abril, em Ribeirão Preto. Segundo o Ciet, 85,2% dos participantes eram de fora da Região Metropolitana de Ribeirão Preto, índice considerado elevado. O estudo revelou que mais de 135 mil pessoas de todo o país estiveram na feira, excluindo os moradores. O evento teve impacto econômico – gastos totais dos turistas – de quase R$ 400 milhões em toda a região. A feira movimentou mais de R$ 11,2 bilhões em negócios.
Agrishow/Divulgação
A Agrishow 2022 movimentou R$ 11,2 bilhões em negócios
Saldo de US$ 3,90 bilhões
A Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro do primeiro trimestre de 2022, publicada pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, mostrou que as exportações do agro do Estado superaram em US$ 3,90 bilhões as importações. Enquanto as vendas externas no período ficaram em US$ 5,15 bilhões, foi importado US$1,25 bilhão em produtos do agro, resultando em superávit 40,8% maior que o observado nos primeiros três meses de 2021. Considerados todos os setores, o estudo mostrou que o agro foi responsável por 35,9% do total das exportações paulistas e 7,1% das importações, de janeiro a março deste ano.
Principais produtos
Cinco principais grupos foram responsáveis por 77,8% do total exportado pelo setor em SP: complexo sucroalcooleiro (US$ 1,37 bilhão), setor de carnes (US$ 811,13 milhões), complexo soja (US$ 803,25 milhões), produtos florestais (US$ 613,99 milhões) e sucos (US$ 406,91 milhões). Na sexta posição, o grupo de café, tradicional nas exportações paulistas, apresentou vendas de US$278,51 milhões.
