Gentileza, a vacina da paz

OPINIÃO - Arlette Piai

Data 08/12/2020
Horário 04:30

“Gentileza é a essência do ser humano, quem não é suficientemente gentil não é suficientemente humano” (Joseph Joubert). Mais que alimento do corpo, o homem necessita do alimento da alma. Prezado leitor, você concorda que a gentileza está minguando? Pequenos atos como: uma flor que se recebe, dois minutos de presença, um estou aqui, um abraço de carinho ou gratidão. Essas “pequenas-grandiosas” atenções como andam? 
Que saudade que eu tenho dos tempos idos em que, no Dia do Professor, a escola funciona em clima de festa realizada pelos alunos. Quanta delicadeza, respeito, ternura. Na pós-modernidade nublada, parece que o ato “ser gentil” está se enfraquecendo nas famílias, no trabalho, nas escolas, na vida. 
Durante muito tempo pensou-se que a gentileza fosse uma capacidade exclusivamente humana. Hoje, sabemos que animais são capazes de gentileza e a ciência provou que ser gentil é genético, um bem que se herda. Então, como assim?...  Inexplicável, né, leitor? Mas só é explicável que gentileza seria a vacina contra o vírus do o “umbiguismo”, raiz de todos os males. 

Quem não é gentil com o próximo mais próximo, não o será com o próximo menos próximo, nem com a coletividade

Se desejarmos mudar nosso município, nosso Estado, a nação brasileira, o mundo, comecemos com a mudança de nós mesmos nas nossas próprias famílias, nos relacionamentos e, em particular, nas escolas. Parafraseando o que disse o psicólogo e filósofo, Jean Piaget: A primeira meta da educação deve servir para o engrandecimento do homem e, consequentemente, para o engrandecimento da nação. Ensinou Charles Chaplin: “Necessitamos mais de humildade que de máquinas, mais ética que progresso, mais de sensatez que ciência, mais de empatia e ternura que de inteligência; porque sem esses atributos a vida pode se perder”.
Das relações familiares (se possível), ao acolhimento entre colegas nas escolas, às grandes organizações nacionais e internacionais, todos terão ganho com a coesão versus competitividade selvagem, pois encontramo-nos  “no mesmo barco”. Quem não é gentil com o próximo mais próximo, não o será com o próximo menos próximo, nem com a coletividade. Leitor, há muita luta pela vacina contra o novo coronavírus e quando se luta e há desejo de todos, conquista-se. Quando haverá desejo de todos e luta de todos para conquistar a vacina da paz?


 

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