O alimento essencial, logo quando chegamos a este mundo, é o leite materno. Sem ele, o desenvolvimento infantil não acontece. O líquido é primordial à vida humana, pois contém todos os nutrientes básicos que um recém-nascido precisa para se desenvolver, além dos anticorpos e glóbulos brancos que previnem as infecções e as doenças. No último mês foi realizado o Agosto Dourado, em referência à amamentação materna. A campanha, iniciada em 2017 pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), tem como objetivo promover a conscientização social sobre a relevância do aleitamento materno na vida dos recém-nascidos e o quão importante é o ato de doar. No entanto, é sempre importante ressaltar que, mesmo com o término do período de campanha, a doação se faz de extrema necessidade no decorrer do ano inteiro.
Em Presidente Prudente, o Banco de Leite Humano necessita de 120 voluntárias para atender toda demanda da unidade, porém, atualmente, conta com pouco mais de 50 doadoras. A reportagem conversou com duas mães voluntárias para saber os motivos que as levaram a fazer este gesto simples e solidário, que é fundamental na vida de outras crianças.
Mãe de três meninas – Ana, 4 anos, Sara, 2 anos, e da recém-nascida Elis - Tamires Prado é voluntária pela terceira vez. Ela conta que conheceu o Banco de Leite por meio da televisão e com o nascimento da primeira filha decidiu se cadastrar na unidade de Prudente. “Eu tinha bastante leite, daí entrei em contato com o Banco por telefone. Foram na minha casa, fizeram o cadastro e me forneceram os potes e a bombinha para tirar leite”. Tamires revela a gratidão que sente por poder contribuir com a doação de leite materno para outros recém-nascidos.
“Me sinto muito grata, porque sei o quão importante é. Amamentei e amamento exclusivo minhas filhas, pois sei que não há alimento mais rico e importante que o leite materno. Por isso, fiz questão de doar com o nascimento das outras filhas também. Cada ml é importante e pode salvar vidas”, expõe Tamires. A mãe das três meninas fala sobre a nobreza do gesto e espera que o seu relato motive outras mulheres a também doarem. “O ato de tirar leite e guardar é simples. Mas é esse ato simples que é grandioso para esses bebês, que dependem do leite materno, são vidas que serão salvas. Não há recompensa maior de saber que você está ajudando a salvar vidas”, aponta.
Graciele Duarte Henklain Bosso, que há pouco de mais de dois meses deu à luz ao pequeno Gabriel, também é uma das voluntárias do Banco de Leite Humano. No final de junho, pouco antes do neném nascer, Graciele iniciou os contatos com a unidade de Prudente. Ela conheceu o trabalho do Banco por meio de uma conversa com uma amiga jornalista, que a incentivou a ser voluntária. “Iniciei o contato com o Banco de Leite para ter mais informações sobre a doação. Comecei a doar no início de julho”. A mamãe conta que a troca de informações com a unidade foi fundamental para motivá-la a fazer a doação. “Tinha um pouco de falta de informação em relação a doar e talvez faltar leite para o meu filho. Mas, quando entrei em contato com o Banco, tive muita orientação a respeito e fiquei muito feliz em perceber que poderia doar e ajudar”, explica. Ela conta que, assim como Tamires, também se sente grata em poder contribuir com a doação e incentiva o ato. “Mães que amamentam podem praticar um ato de solidariedade: é gratificante e ajuda a salvar vidas. Doar me trouxe uma gratidão enorme e também uma sensação de orgulho por este ato tão lindo, que é amamentar e ainda poder ajudar os bebês que tanto precisam da nossa cidade”, pontua Graciele.
Em Presidente Prudente, basta entrar em contato com o Banco de Leite Humano por meio do telefone 3229-1249. A unidade fica no prédio do Ambulatório da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), que está localizado na Avenida Hiroshi Yoshio, s/nº, no Jardim Esplanada.
Fotos: Cedidas
“Mães que amamentam praticam ato de solidariedade”, enfatiza Graciele
“Me sinto muito grata, porque sei o quão importante é”, considera Tamires
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