Giovanna supera trauma e soma 6 medalhas

Atleta diz que no começo do ano desanimou por completo, tendo inclusive que ficar quietinha por um período após levar um susto com diagnostico de um problema de coração

Esportes - OSLAINE SILVA

Data 25/07/2019
Horário 09:41
Paulo Miguel - Nadadora agradece todo incentivo de seu técnico, Pépe
Paulo Miguel - Nadadora agradece todo incentivo de seu técnico, Pépe

Das quatro provas que Giovanna Ribelato Monteiro, de 19 anos, nadou ontem nos 63º Jogos Regionais, em Assis, a atleta da Criarte/Pruden-Aço/Apan/Semepp abocanhou três ouros, nos 200, 400 e 800 metros livres, e uma prata pelos 400 medley. Ela, que no começo do ano desanimou por completo, tendo inclusive que ficar quietinha por um período após levar um susto com diagnostico de um problema de coração, se emociona ao falar dessas vitórias nas águas das piscinas de Assis.

“Eu desanimei tanto que cheguei ao ponto de não acreditar mais em mim. Mas, faltando três meses para os jogos meu médico me liberou e eu voltei com tudo. E hoje [ontem] ainda, antes de pular na água nos 400 livres, eu estava bastante ansiosa, desanimada. Olhei para a água pensei: ‘Não, não posso desanimar. Não posso fazer isso comigo. Preciso manter o foco’. Cai na água, nadei e, quando terminei, desabei. Chorei muito. Me emocionei mesmo, porque mexeu muito comigo, porque tive a certeza de que tenho capacidade e consigo superar qualquer obstáculo!”, enfatizou com a voz embragada a jovem atleta, que promete muito mais foco daqui pra frente.

Os Jogos Abertos e o Paulista já estão nas metas futuras de conquistas da nadadora, que começou fazer aulas de natação aos 8 anos de idade. Com 12 ela já estava treinando para competir. Nos Jogos Regionais, Giovanna ganhou seis medalhas. Contudo, em uma das paredes de sua casa está um quadro com algo em torno de 350 medalhas.

Peixinho

Dizem que filho de peixe, peixinho é. E que o esporte é como um combustível para certas famílias. Cá estamos com a confirmação deste ditado, pois o pai de Giovanna também fez natação, além de jogar futebol até hoje, todas as terças-feiras, e aos sábados ele ainda se aventura em trilhas de motocross.

Giovana se emociona ao falar do crescimento que a natação proporciona em sua vida profissional e pessoal. Segundo a nadadora, ela aprendeu a respeitar ainda mais não só a si, mas àqueles que estão ao seu lado, seus adversários. “Saber quais são os meus limites. Saber cumprir com os meus compromissos, ter responsabilidades. Trabalhar em equipe, ainda que seja um esporte também individual. Entender, sendo a mais velha da equipe, que posso ser espelho para os mais novos. Incentivá-los. Por tudo isso eu sempre tento dar meu melhor. Eu amo a natação. É um esporte mágico, que faz a gente viajar por lugares jamais imaginados. Culturas e pessoas diferentes. As portas que a natação me abriu se tornam cada vez mais gigantescas”, diz a menina de ouro, que agradece aos pais Sérgio e Lucilene, aos seus técnicos Elvancir Pereira do Nascimento, Pépe e Marcelo Antônio da Silva Júnior. Além da Unimed Prudente, que a patrocina e a ajuda em sua caminhada.

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