A criação de grupos reflexivos para retomada de vínculos familiares representa um importante passo na busca pela não reincidência criminal e pela prevenção da violência, especialmente no contexto da violência doméstica. Esses grupos oferecem um espaço seguro e estruturado para que homens agressores possam refletir sobre suas ações, compreender a violência de gênero e suas próprias relações familiares, e assumir a responsabilidade pelos seus atos.
Como noticiado por O Imparcial, a Prefeitura de Presidente Prudente assinou um TAC (termo de ajustamento de conduta) junto ao MPE (Ministério Público Estadual) para a criação de um grupo reflexivo voltado ao restabelecimento de vínculos familiares. Uma das frentes de trabalho propostas pelo MPE é promover a recuperação e reeducação de homens autores de violência contra a mulher, por meio de atendimentos em grupos de apoio, com base no que dispõe a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), como uma das medidas necessárias para a proteção da mulher.
Ao participar desses grupos, os agressores são estimulados a refletir sobre seus comportamentos diante da violência e das relações de poder, assim como a compreender os significados por trás de suas ações. Isso pode contribuir significativamente para a diminuição da reincidência, uma vez que o agressor passa a reconhecer seus padrões de comportamento e a buscar alternativas mais saudáveis para lidar com conflitos.
Além disso, os grupos reflexivos também promovem a integração social dos participantes, ao proporcionar espaços de escuta e orientação, onde eles podem compartilhar suas experiências e dificuldades, e receber apoio para promover mudanças positivas em suas vidas e nas relações familiares.
É importante ressaltar que a eficácia desses grupos está diretamente ligada à qualidade do trabalho realizado, incluindo a formação adequada dos facilitadores, a abordagem respeitosa e empática com os participantes, e o acompanhamento contínuo dos resultados alcançados. Este é um importante passo com vistas a reduzir o índice de violência contra a mulher e promover relações familiares mais saudáveis e respeitosas.
