Há 20 anos nosso Guga triunfou imortal no Master de Lisboa para conquistar o mundo do tênis. Nada de intimidação perante as grandes estrelas do torneio, nosso manezinho demonstrou todo o destemor que marca os heróis.
Das devoluções mágicas que seguraram Sampras no fundo da quadra e o intimaram a ficar sozinho na rede, com suas passadas magistrais, aos golpes fulminantes capazes de devolver com mais potência os tiros disparados por Andre Agassi. Em terras portuguesas, querido Guga, você fez o Brasil se sentir uma potência mundial, enchendo de orgulho os corações de milhões.
Sua vocação pelo jogo é divina. Seu carisma encanta a bola, que sorri a cada encontro com a raquete, como uma aproximação feliz de dois amores. Seus golpes partem com sentimento. As “deixadas” fazem a bolinha gotejar na quadra adversária, sem força e mortal. O saque fulminante toca do outro lado e segue feliz num ponto sem chance. Seu forehand vem com suor e bravura, antítese de sua esquerda plástica, suave e calma.
Guga, seu jogo de sentimento é expresso no rosto feliz. Parte de você e nos atinge em cheio, nos fazendo transbordar de alegria.
A felicidade que nos representa está sintetizada em sua batida mais clássica, o backhand na paralela, tido o melhor do mundo, e que trisca a linha, arrebatando nossos corações.
Um salve a você, que se eternizou a cada golpe vencido.
