Hospital da Esperança pede ajuda para manter atendimentos

Demanda é grande demais para repasse de R$ 743 mil; no mínimo, R$ 2,5 milhões seriam necessários para manter o atendimento no nível em que está

PRUDENTE - OSLAINE SILVA

Data 06/11/2021
Horário 06:15
Foto: Sinomar Calmona
Presidente do HE pede ajuda para sensibilizar todos os poderes e a sociedade de modo geral
Presidente do HE pede ajuda para sensibilizar todos os poderes e a sociedade de modo geral

Em coletiva na manhã de ontem, no HE (Hospital de Esperança), o presidente Felício Sylla destacou que o credenciamento é de suma importância, mas o hospital se encontra num momento de desequilíbrio financeiro em razão do vencimento de convênios, da demora na regularização do credenciamento, na demora na regularização da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulta. E durante todo esse período, o hospital continua atendendo em torno de 7 mil pacientes por mês. 
Segundo o presidente, o credenciamento abre possibilidades de buscar recursos financeiros em várias esferas. “Nós podemos nos inscrever em vários programas de apoio ao estudo da oncologia. Nós estamos buscando dinheiro para pesquisas e estudos, tudo em razão do credenciamento. Mas o credenciamento em si não foi nossa salvação financeira. São repassados R$ 743 mil para tocarmos um hospital de 142 leitos, três salas cirúrgicas, 440 funcionários e 230 médicos”, acentua Sylla, convocando toda a sociedade para uma campanha de sensibilização para viabilizar o teto para no mínimo R$ 2,5 milhões, que seria o necessário para manter o atendimento no nível em que está de todas as pessoas da cidade, região e até de outros Estados. 
“Nós não queremos retroagir”, completa ele, citando que esta foi a primeira luta em um primeiro momento, uma vez que não estavam atentos a valor de teto, pois estavam focados no credenciamento.
O presidente menciona que teve “toda uma briga” para o credenciamento, toda uma burocracia, foi feito um outro contrato com o Estado, mais 60 dias. “E nesses 60 dias não entraram esses R$ 743 mil, mas saíram R$ 1,4 milhão do nosso bolso para pagar os serviços que já estávamos prestando”, diz o presidente. 
O primeiro repasse foi feito em 27 de setembro, referente ao mês de agosto. Então, ficaram 45 dias sem nenhuma receita do SUS (Sistema Único de Saúde) e prestando os serviços da mesma forma.
Sylla explica que dos R$ 743 mil, o SUS impõe por contrato o que o hospital precisa cumprir. Ocorre que eles fazem muito mais do que é imposto. “Por exemplo, somos obrigados a fazer 38 radioterapias por mês, nós fazemos o dobro, porque o paciente já entrou no hospital, já iniciou o trabalho e não tem como parar”.

UTI Adulto

Vencido isso ficou para trás a UTI (Unidade de Terapia intensiva) adulto com 10 leitos. Ocorre que ela sempre funcionou. Desde o primeiro convênio com o Estado de 2020. Sylla explica que quando tem o convênio com o Estado, ele paga a UTI. Teve um primeiro. Depois renovou um segundo e agora renovou um terceiro. Mas entre essas três renovações houve alguns momentos que precisaram bancar também, porque existe toda uma burocracia. 
“E houve em relação ao credenciamento da UTI a participação de todos os segmentos da nossa sociedade. E agora estamos fazendo todo o processo administrativo junto à Secretaria de Saúde do Estado para sermos efetivamente habilitados, porque, por enquanto, também não houve nenhum repasse”, expõe.

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