HR de PP inicia projeto de musicoterapia nas clínicas

De acordo com a coordenadora do Grupo de Trabalho de Humanização, Edna Amaro, o hospital já vem fazendo experiências com a musicoterapia desde o começo do ano.

VARIEDADES - Oslaine Silva

Data 16/05/2013
Horário 09:05
Funcionários e pacientes que estiveram ontem, no Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente, tiveram uma manhã muito agradável e diferente. É que na recepção principal da unidade, ocorreu uma bela apresentação do Músicas nos Hospitais, da Associação Paulista de Medicina (APM). O evento deu início ao projeto de musicoterapia nas clínicas da unidade. Tocando e encantando, esteve no local a orquestra do Limiar, de São Paulo. Autoridades municipais, médicos, funcionários e populares prestigiaram a ação.

Jornal O Imparcial Funcionários e pacientes assistiram na manhã de ontem, apresentação da orquestra do Limiar

Iniciaram, segundo ela, pelo setor de pediatria, logo em seguida pelo de hemodiálise. Neste último, perceberam que a reciprocidade dos pacientes que ali estavam foi muito positiva. "Eles demonstraram um bem estar impressionante. E pela expressão, notava-se que por alguns instantes, enquanto ouviam a música, esqueciam o porquê de estarem ali. Queremos levar o projeto para todos os setores", expõe.

Amaro explica que a ideia é realmente levar a música como peça fundamental e colaboradora na recuperação do paciente. E também que seja menos estressante para quem os acompanha. Ela comenta que, a princípio, serão três grupos de voluntários se revezando nas apresentações nas clínicas do hospital. Onde já contam com alguns parceiros como a Pinel e a Banda Regimental de Música do CPI-8, de Prudente.

Um coral do hospital, conforme a coordenadora, está sendo cogitado e ainda este ano conseguirão formá-lo. "Será uma conquista para que reforcemos nosso projeto. Lembrando que tudo é feito com muito carinho por voluntários", fala.

 

Expectadores

Entre os presentes na atividade estava um apaixonado pela música e especialmente pelo violino: Luiz Antônio Peres Filho, conhecido como maestro Luizão. Ele foi enfático ao falar sobre a importância desse projeto. "A música por si só fala tudo. A relação que ela cria com o ser humano, nas mais variadas formas, é simplesmente inexplicável. Aonde quer que ela seja executada proporciona um bem imensamente grande às pessoas", exclama. Ele conclui, pontuando que é necessário que se promova a acessibilidade cultural e de boa qualidade a todos.

A dona de casa, Maria Alves de Souza, 60 anos, de Rancharia, se mostrou encantada com o que ouvia. "Nunca vi nem ouvi nada assim em um hospital. Isso é muito bom, alegra o ambiente que, infelizmente, não é sinônimo de saúde, não é mesmo? Sem dúvida acalma e conforta tanto os que estão aqui , quanto os que chegam para uma visita", expressa.

 

Música nos Hospitais

De acordo com a promotora de eventos da APM, Ângela Oliveira, em 2013, as apresentações são especiais, pois celebram os 10 anos do projeto Música nos Hospitais, pela Associação Paulista de Medicina, laboratório Sanofi, e incentivado pelo Ministério da Cultura (MinC). Esta foi a quarta apresentação deste ano no interior do Estado. As outras nove que já receberam ou irão receber o evento são: Bauru, Barretos, Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Santos, Sorocaba e Marília. Além de mais seis hospitais da capital.

"A ideia de levar a orquestra somente para hospitais públicos é justamente para fazer chegar a arte até as pessoas que não têm acesso a esse tipo de evento. Toda e qualquer atividade cultural pode transformar o ambiente de um hospital em algo mais agradável", ressalta.
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