Iamspe suspende fornecimento de medicações

PRUDENTE - MARIANE GASPARETO

Data 13/04/2017
Horário 10:12
 

Há cerca de dois anos, Neuza Rodolfo Theodoro, 67 anos, recebia sete medicamentos, alguns de alto e outros de baixo custo, por meio do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual). Recentemente, no entanto, foi informada pelo plano de saúde de que a farmácia de Presidente Prudente não forneceria nenhum dos remédios.

As medicações recebidas a cada três meses pela idosa eram: cloridrato de metformina, cloridrato de propranolol, losartana potássica, diurix (hidroclorotiazida), acetildor (AAS), omeprazol e sinvastatina. A assistida afirma não ter condições de arcar com todos esses medicamentos para derrame, diabetes, memória e proteção para o estômago, com a sua aposentadoria. "Tem um que sozinho custa mais de R$ 300. Eu teria que escolher entre tomar o remédio ou comer", declara.

Jornal O Imparcial Os 7 medicamentos recebidos pela aposentada Neuza não foram fornecidos pelo Iamspe

A moradora de Pirapozinho conta que se programava para vir a Prudente no meio da semana quando, na segunda-feira, recebeu a ligação de uma funcionária do Iamspe no município, a qual informou que não seria mais fornecido nenhum dos produtos que ela costumava buscar no local, já que a farmácia do Iamspe seria fechada no município.

A aposentada afirma que nenhuma solução adicional ou justificativa foi dada pela trabalhadora sobre o motivo do corte. "Fiquei arrasada, sem chão, mas não sou só eu. Outras pessoas com doenças graves e que precisam da medicação ficarão desassistidas", expõe.

Neuza é cadastrada no plano como dependente de sua filha, a servidora estadual Eliane Rodolfo Theodoro. "Ela me ligou extremamente nervosa no início da semana quando recebeu a notícia, porque sabe que não consegue arcar com o valor dos remédios. Todo mês desconta automaticamente o valor do plano dela no meu holerite, não é justo suspenderem assim", relata Eliane.

Em nota, o Iamspe informou que não houve nenhuma determinação da direção para que o Ceama (Centro de Assistência Médico Ambulatorial) de Presidente Prudente suspendesse a distribuição de medicamentos. Os produtos prescritos serão enviados à farmácia e a paciente em questão será contatada assim que eles estiverem disponíveis.

 
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