Um homem de 73 anos foi autuado em R$ 7 mil, na noite desta segunda-feira, em Dracena, pela prática de maus-tratos e transporte de aves da fauna silvestre sem autorização legal. O idoso foi abordado durante patrulhamento da Polícia Ambiental pela Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), na rotatória Damião Amado. No veículo conduzido pelo autuado, os policiais ambientais localizaram, no compartimento do estepe do carro, dois filhotes de papagaios-verdadeiros (Amazona aestiva).
Ao ser questionado pelos agentes policiais sobre o transporte das aves, o homem disse que as levava para casa após ser “presenteado” por alguém não citado. O idoso foi apresentado, na delegacia local, ao delegado de plantão, que tomou conhecimento do fato e liberou-o em seguida.
Por parte do policiamento ambiental, o envolvido recebeu um auto de infração ambiental por praticar ato de maus-tratos e transportar ave da fauna silvestre sem autorização, pela infração do artigo 29 e artigo 25, parágrafo 3°, inciso III da Resolução Sima nº 005/21, combinado com o artigo 32 da Lei Federal 9.605/98.
As aves forma apreendidas e ficaram depositadas na sede da Polícia Ambiental em Dracena, onde serão destinadas à Apass (Associação Protetora de Animais Silvestres de Assis).
De acordo com o site Wike Aves, que oferece informações enciclopédicas sobre as aves do Brasil, o papagaio-verdadeiro adulto mede entre 35 e 37 centímetros de comprimento e pesa cerca de 400 gramas.
Segundo o Wika Aves, a ave se distingue pela cabeça amarela, com azul-esverdeado na fronte e bochecha, narinas escuras, ombros vermelhos delineados com amarelo, asa com parte vermelha e extremos azul-escuro. O resto do corpo é geralmente verde, mais claro entre o ventre e o rabo. Sua voz é bem típica: “krik-kiakrik-krik-krik”, “kréo”. A cor da íris dos adultos é amarelo-laranja no macho ou vermelho-laranja na fêmea, onde se destaca um fino anel externo vermelho, os imaturos têm íris marrom uniforme. O bico é negro no macho adulto.
A espécie é dividas em duas subespécies: Amazona aestiva aestiva e Amazona aestiva xanthopteryx. A primeira – aestiva - ocorre no leste do Brasil do Estado do Maranhão e Pará até o Rio Grande do Sul. Já a segunda - xanthopteryx - ocorre da Bolívia até o sudoeste do Brasil, no Paraguai e norte da Argentina.
