Indústria automobilística

OPINIÃO - João Doria

Data 09/10/2019
Horário 04:16

Entre a eleição e a posse como governador, recebi notícias pouco animadoras sobre a indústria automotiva em São Paulo e no Brasil. Duas grandes montadoras tinham planos de deixar o país, investimentos estavam suspensos e demissões comprometeriam 25 mil empregos.

O setor automotivo representa 22% do PIB (Produto Interno Bruto) industrial do país. Se a indústria automobilística de São Paulo desacelerar, trabalhadores do Brasil inteiro serão prejudicados.

Com apenas 60 dias de governo, colocamos em prática um plano que mudou radicalmente o panorama da indústria de veículos – o IncentivAuto. A política industrial de São Paulo foi o gatilho que montadoras precisavam para voltar a acreditar no mercado nacional, voltando a ser estratégico para novos negócios.

O primeiro e maior investimento foi da GM, que anunciou aporte de R$ 10 bilhões até 2024 e mais de 1,2 mil novos empregos. Em setembro, a Toyota confirmou investimento de R$ 1 bilhão, em 2020, em um novo modelo global de automóvel. Serão 300 novos empregos diretos na fábrica de Sorocaba e outros 3 mil indiretos.

Em agosto, a Volkswagen confirmou investimento de R$ 2,4 bilhões na fábrica de São Bernardo do Campo, com 1,5 mil novos empregos diretos. A Scania vai promover, a partir da fábrica de São Bernardo, uma nova geração de caminhões na América Latina. Investimento de R$ 1,4 bilhão, com 40 novas vagas.

Seis das 15 montadoras instaladas em São Paulo anunciaram novos investimentos. A Caoa deve concluir com sucesso sua negociação com a Ford para preservar empregos e retomar a produção de caminhões em São Bernardo.

Após seis meses do IncentivAuto, podemos contabilizar 71 mil novos postos de trabalho, diretos e indiretos, que foram criados ou garantidos pelo programa. Entre eles, há 400 empregos da nova fábrica da Honda, em Itirapina, que deve chegar a 2021 em operação total, com 2 mil trabalhadores.

Ações de políticas públicas, diálogo e visão de médio e longo prazos, confiança nas relações governo-indústria, regras seguras e marcos jurídicos claros. O governo de São Paulo faz sua parte para criar, proteger e garantir empregos. E acredita e apoia a livre iniciativa.

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