Intolerância e violência contra as minorias devem ser banidas

EDITORIAL -

Data 29/07/2017
Horário 14:39

É difícil compreender o que leva alguém a prejudicar outra pessoa, a ponto de agredi-la, simplesmente por ser diferente. Não existe justificativa para a intolerância, muito menos para a violência. Infelizmente, as minorias já sofrem cotidianamente com o preconceito velado: olhares de reprovação, falta de diálogo, sensação de viver deslocado. Muitas vezes, os grupos minoritários são alvos de exclusão e xingamentos gratuitos. Mas, quando a violência deixa de ser verbal – o que já é inaceitável - para se tornar física, a situação deve sim ser encaminhada para as autoridades. Basta ler o jornal ou ligar a TV para se indignar com a quantidade de notícias envolvendo casos de preconceito e intolerância. Não precisa ir muito longe.

Como noticiado quinta-feira por este diário, a Polícia Civil registrou um caso de dano e lesão corporal contra dois homossexuais, no Jardim Campo Belo, em Presidente Prudente. Eles estavam no estacionamento de uma loja de conveniência, quando foram abordados por outros dois rapazes, que passaram a xingá -los e agredi-los.

Por que a orientação sexual de alguns causa tanto incômodo a outros? Por que os agressores ficaram tão exaltados com o relacionamento das vítimas, partindo para a violência gratuita? Para estas perguntas não há outra resposta que não seja a falta de tolerância com a diferença do outro. Como se todos nós fossemos iguais, tivéssemos que pensar e amar da mesma maneira. Isso não existe. É inadmissível que este caso de agressão seja encarado pela sociedade com banalidade, como mais um registro de violência contra homossexuais para engrossar as estatísticas. E, infelizmente, a intolerância contra pessoas de orientações sexuais diferentes começa dentro de casa.

Óbvio que o preconceito é muito mais amplo, não se restringe ao público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). Negros, asiáticos, pessoas acima do peso, abaixo do peso, deficientes físicos, de religiões distintas, enfim, a lista é longa. As pessoas precisam aprender a respeitar e conviver com as diferenças. Afinal, quem julga o outro diferente também é diferente aos olhos do outro.

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