Irara ganha novo lar no zoológico da Cidade da Criança

Animal sempre viveu na natureza, mas devido às sequelas de um atropelamento, não poderá retornar à vida livre, dependendo de cuidados humanos

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 08/06/2020
Horário 17:04
Cidade da Criança - Devido à pandemia, adaptação do animal será mais fácil, já que não sofrerá estresse com barulho
Cidade da Criança - Devido à pandemia, adaptação do animal será mais fácil, já que não sofrerá estresse com barulho

Um macho da espécie irara (Eira barbara), animal onívoro, também conhecido como papa-mel, ganhou um novo lar no zoológico da Cidade da Criança, em Presidente Prudente. O animal foi resgatado pela Polícia Ambiental após ser atropelado e precisou passar por uma cirurgia, pois estava com o fêmur quebrado. Após a recuperação, foi transferido da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu para o Parque Ecológico de Prudente.

Embora não seja possível determinar a idade, a veterinária da Cidade da Criança, Érica Silva Pellosi, conta que, pelas características, "trata-se de um adulto que sempre viveu na natureza, porém, por conta das sequelas do atropelamento, não poderá retornar à vida livre, pois agora depende de cuidados humanos".  

"Casos como este demonstram a importância do trabalho dos zoológicos, locais destinados a preservar espécies e voltados à educação da população sobre os impactos de ações humanas na vida silvestre, como atropelamentos em rodovias, diminuição de habitats, tráfico de animais, entre outras", informa.

Na última quinta-feira, o irara saiu da quarentena, local destinado à observação constante dos animais pela equipe técnica do hospital veterinário. Agora, está na área de visitação pública, passando pelo período de adaptação.

"Como a entrada de visitantes está suspensa por conta da pandemia de Covid-19, a adaptação à nova moradia será mais fácil para ele, pois não sofrerá estresse com barulho ou movimentação constante de pessoas", pontua Érica. 

O recinto da irara foi ambientado pelos tratadores para suprir as necessidades da espécie. Troncos, um tanque de água e plantas simulam o ambiente natural. "É um animal semi-arborícola, ou seja, vive no chão e também nas árvores, pois são escaladores. Nadam muito bem, porém, diferente das lontras e ariranhas, parentes próximas, passam a maior parte do tempo em terra e não na água", explica a veterinária.

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