Itesp e MST falam sobre invasões na 6ª, em PP

“Como princípio do evangelho, a igreja tem que estar ao lado os pobres", destaca o líder, em nota.

REGIÃO - Mellina Dominato

Data 05/03/2014
Horário 10:03
 

Na manhã de ontem, o Carnaval Vermelho, movimento desenvolvido desde sábado pela Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), encabeçada pelo líder dissidente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), José Rainha Junior, somava 24 áreas invadidas no território paulista. A expectativa, segundo Rainha, era de que esse número fosse maior hoje, já que afirma que pretende apresentar ao diretor-executivo da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), Marcos Pilla, na sexta-feira, um rol de pelo menos 20 áreas somente do Pontal do Paranapanema que estariam aptas para implantação de assentamentos.

Rainha ainda declara que vai tentar se encontrar com o bispo diocesano, dom Bendito Gonçalves dos Santos, para solicitar o destino das terras de propriedade da Diocese de Presidente Prudente para os assentamentos. "Como princípio do evangelho, a igreja tem que estar ao lado os pobres", destaca o líder, em nota.

Isso se refere a uma área da diocese que foi invadida no sábado, em Marabá Paulista. Outras três áreas na mesma cidade também foram ocupadas, assim como em Dracena e em Presidente Bernardes. A previsão era que de diversas propriedades fossem invadidas durante o carnaval não somente na região de Prudente, mas em Andradina, Araçatuba, bem como no Distrito Federal e em Minas Gerais.

Como noticiado em O Imparcial, o movimento pede agilidade na arrecadação de terras para assentar famílias, entre outros itens que favorecem os moradores dos assentamentos. Através de sua Assessoria de Imprensa, o Itesp frisa que o governo paulista é contra as ocupações e lembra que este e a União assinaram um convênio para arrecadar áreas para a implantação de novos assentamentos no pontal, no mês passado. Pontua que serão investidos R$ 55 milhões para assentar cerca de 700 famílias, em uma área de 18.514 hectares. A duração do convênio de reversão de terras públicas é de dois anos.
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