Justiça Eleitoral ouve testemunhas de defesa

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 18/11/2016
Horário 10:06


Quatro testemunhas foram apresentadas ontem à Justiça Eleitoral pela defesa do prefeito eleito em Presidente Prudente, Nelson Roberto Bugalho (PTB), seu vice, Douglas Kato Pauluzi (PTB), o atual chefe do Executivo, Milton Carlos de Mello, Tupã (PTB), e o candidato a uma cadeira no Legislativo, Valter Nestor da Silva (PTB). A medida cumpre determinação do juiz eleitoral, Paulo Gimenez Alonso, na Aije (ação de investigação judicial eleitoral) na qual a coligação "Prudente é +" (PMDB/PSDC) acusa os citados de utilizarem as dependências e verbas do setor de alimentação escolar da Prefeitura para alimentar cabos eleitorais e funcionários públicos que trabalharam na campanha política dos representados.

O advogado da coligação "Avante Prudente" (PDT/PTB/PSC/PV/PCdoB/PHS/PMB/PR/PSDB), Alfredo Vasques da Graça Junior, expõe que as testemunhas ouvidas pela defesa são funcionárias efetivas do setor da merenda. "Elas esclareceram tudo o que foi falsamente alegado. Estamos tranquilos em relação a esse processo, pois nada do que foi dito é verdade. Temos pressa de esclarecer à população o caso e mostrar que não temos relação com nenhuma irregularidade", diz.

Alfredo ainda explica que, a partir dos depoimentos das testemunhas, as partes envolvidas na ação têm prazo de dois dias para apresentar alegações finais. Depois disso, o caso segue para manifestação do MPE (Ministério Público Eleitoral) e decisão da Justiça Eleitoral. "Na segunda-feira vamos protocolar as alegações finais e esperar que a decisão do juiz seja proferida o quanto antes", frisa.

Procurado pela reportagem, o advogado da coligação "Prudente é +", Anderson Martins Peres, não foi encontrado na tarde de ontem para comentar sobre as testemunhas que apresentou à Justiça Eleitoral. Na Aije, ele pede a cassação dos registros dos candidatos que disputaram as eleições em outubro, além de julgamento de inelegibilidade de Tupã. Alega que seus clientes, o terceiro colocado no pleito, Agripino de Oliveira Lima Filho (PMDB), e seu vice, Carlos Frederico Machado Dias, teriam recebido, por uma caixa de Correios, "documentos que, em tese, contêm indícios gravíssimos de crimes eleitorais". Tais provas seriam "imagens impressas" de "canhotos de autorização para pessoas almoçarem no setor de alimentação escolar", sendo para 51 servidores, no dia 16 de setembro, 58 no dia 20, e 52 no dia 28 do referido mês. Pontua que, junto aos canhotos, havia diversos "santinhos" dos candidatos Nelson Bugalho e Valtinho, que ocupava justamente o cargo de coordenador de gestão de alimentação escolar.

 

Outra ação

Como noticiado em O Imparcial, a coligação "Avante Prudente" também move uma Aije que pede a produção de prova pericial médica para atestar suposta "incapacidade absoluta" de Agripino. Ainda solicita que, com a possível comprovação de que o então aspirante ao Executivo esteja com uma doença chamada demência senil, a Justiça Eleitoral declare sua inelegibilidade, além de cassar o registro de candidatura de Carlos.

 

 
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