A Justiça de Presidente Prudente pronunciou o analista de sistemas Rômulo das Dores Nascimento, de 32 anos, para que seja submetido a júri popular pelos crimes de homicídio qualificado e duas tentativas de homicídio qualificado após atropelar três pessoas e matar uma delas na noite de 23 de julho.
O indiciado está preso na Penitenciária Wellington Rodrigo Segura, localizada no distrito de Montalvão.
Rômulo também responderá, por três vezes, pelos crimes de omissão de socorro às vítimas e por fuga dos locais dos acidentes, previstos no CTB (Código de Trânsito Brasileiro).
À reportagem de O Imparcial, o advogado de defesa do réu, Francisco Bariani Guimarães, declarou que a decisão será impugnada pelas vias legais e que a defesa continua trabalhando pautada sobre as provas dos autos.
De acordo com boletim de ocorrência registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil, o indiciado, após ingerir bebida alcoólica, dirigia um Volkswagen Golf Variant e, na altura do número 40 da Rua José Albertoni, no Jardim Tropical, atropelou uma motociclista de 21 anos, conduzida à Santa Casa de Misericórdia com ferimentos leves, e o passageiro de 29 anos, encaminhado em estado grave ao HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo.
Conforme o registro policial, vídeos registrados por câmeras de monitoramento mostraram que o indiciado participava de um suposto “racha”. Ainda segundo a polícia, pelo que se observa nas imagens, as vítimas foram atingidas sem que o autor ao menos tenha freado o veículo. Em seguida, ele continuou o trajeto ainda em alta velocidade.
Cerca de 100 metros à frente, na altura do número 230 da Rua Belmiro de Jesus, no mesmo bairro, Rômulo também atropelou um ciclista de 64 anos, cujos ferimentos gravíssimos o levaram à morte no local.
Após ser localizado pela polícia, o indiciado se recusou a fazer o teste de bafômetro, mas exame realizado por médico legista atestou sinais de consumo de álcool, porém, sem alteração da capacidade psicomotora.
Na época, a Polícia Civil expôs que Rômulo conduzia o veículo em altíssima velocidade por locais movimentados e, mesmo após ocasionar o primeiro fato, persistiu na conduta, causando o segundo, “evidenciando, assim, a sua completa indiferença quanto aos resultados produzidos, sendo que pelas peculiaridades citadas, as circunstâncias indicam que a conduta foi dolosa, eis que evidentemente assumiu o risco de produzir os resultados”.
Foto: Polícia Civil - Carro dirigido por Rômulo na noite dos acidentes de trânsito
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