Laços de força: mãe e filhas compartilham a paixão pelo caratê

Maria Eduarda e Maria Julia, de Narandiba, se preparam para uma competição no Chile; ambas tem o apoio da mãe, a também atleta Arielly

Esportes - Cassia Motta

Data 09/08/2025
Horário 07:40
Foto: Cedida
Mãe e filhas dominam o caratê juntas: “O caratê pra nós é mais que um esporte, é uma filosofia de vida”
Mãe e filhas dominam o caratê juntas: “O caratê pra nós é mais que um esporte, é uma filosofia de vida”

As irmãs e atletas, Maria Eduarda Chichetti Peixoto, 19 anos, e Maria Júlia Chichetti Peixoto, 14 anos, de Narandiba, estão de malas prontas para embarcar para o Chile. Elas participam da competição de caratê Open International Seibukan, em Santiago, que ocorre no dia 30 deste mês, com a torcida e o apoio da mãe, também carateca, Arielly Chichetti Silva Peixoto.

Segundo Arielly, o Open International Seikuban é uma competição aberta para inscrição e regulamentada pela WKF (World Karate Federation), entidade máxima do caratê em nível mundial. “O convite veio do sensei Rogério Gonçales e estamos tendo todo o apoio do município com hotel e passagens. O restante das despesas estamos fazendo rifas e buscando parceiros que possam apoiar as meninas”.

O secretário de Esportes de Narandiba, Cláudio Nascimento Torres, afirma ser importante apoiar as atletas. “Antes na cidade, o futebol era o forte, mas isso mudou e nós estamos apoiando todas as modalidades. Essas meninas têm futuro, e fazem parte do projeto Atletas do Futuro, uma parceria entre a Prefeitura, Usina Cocal e Equipe Shiratomi [Shiratomi Karatedo Shitoryu]”.

Filosofia de vida

Arielly conta que o caratê chegou na família em 2000 através dela. “Eu parei após alguns anos e retornei em 2022, nisso as minhas filhas já praticavam o esporte. O caratê pra nós é mais que um esporte, é uma filosofia de vida. Ser atleta dentro do caratê é consequência de muito esforço e dedicação. O caratê na vida das minhas filhas é motivação - elas vivem esse esporte, são obcecadas por ele e sonham com grandes conquistas através do caratê”.

Maria Eduarda compete nas categorias sub-21 e sênior kumite (luta) e Maria Júlia está na categoria Cadete, nas modalidades kata e kumite (luta).

Maria Júlia, a mais nova, diz estar ansiosa para a competição. “É o sonho de todos os atletas. Eu espero chegar lá e mostrar o que aprendi nesses três anos. Espero dar o meu máximo, subir no pódio e erguer a bandeira da minha cidade, do meu projeto [Atletas do Futuro] e do meu Dojo Shiratomi-Karatedo”.

Ela conta que os treinos estão muito ‘puxados’. “Estou treinando muito com o meu sensei Elton Shiratomi e com os senseis Henrique e Guilherme. A Shiratomi é uma equipe preparada para nos dar bons resultados. Sem o apoio e a ajuda deles acho que esse sonho não seria possível. Nós somos a prova de que o aluno de projeto pode sim ganhar o mundo com treinos e apoio necessários”, ressalta Maria Júlia.

Maria Eduarda diz que a expectativa para essa competição é enorme. “Competir pela primeira vez fora do Brasil é um sonho. Estou muito feliz por representar meu país lá fora. Vai ser uma experiência única, tanto como atleta, quanto como pessoa. Mal posso esperar para viver tudo isso”.

A atleta conta que o preparo para essa competição tem sido intenso e muito dedicado. “Estou treinando praticamente todos os dias, focando na parte física, técnica e também no controle emocional. Tenho me esforçado ao máximo para chegar pronta e representar bem o Brasil. É uma oportunidade muito especial, e estou levando cada etapa com muita seriedade e comprometimento, pois comigo vai o nome do meu Dojo Shiratomi-Karatedo e do meu projeto que tem o apoio da Usina Cocal”.

Reconhecimento

O sensei Elton Shiratomi destaca que é uma honra ter as irmãs competindo a nível internacional. “Tudo isso é fruto de um longo trabalho, muito investimento e dedicação das atletas”.
Ele conta que a Maria Eduarda treinou com ele quando criança e retornou há três anos, agora adulta aos treinamentos. Já Maria Júlia iniciou os treinamentos há três anos. “A preparação já está acontecendo desde o início do ano, com treinos técnicos e sempre participando de competições para manter um ritmo e estar preparada para eventos como esse”.

Cedidas

Maria Eduarda: “Competir pela 1ª vez fora do Brasil é um sonho. Mal posso esperar para viver tudo isso”

 
Maria Julia: “Espero dar o meu máximo, subir no pódio e erguer a bandeira da minha cidade”

 
Arielly, mãe das meninas, e o sensei Shiratomi



 

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