Lixeira

OPINIÃO - Sandro Rogério dos Santos

Data 02/02/2020
Horário 04:44

Presidente Prudente já foi conhecida como uma das cidades mais limpas do Brasil. Parece-me ter tido premiação pela qualidade da limpeza local, um lugar de convivência humana no qual a qualidade de vida sobressaia-se. Como a vida é dinâmica e a cidade é feita de pessoas, então, é dinâmica também. Não se pode viver de olhar para fotografias e ali ficar melancolicamente parado num momento eleito como “naquele tempo, sim, que era bom”. Entretanto, comportamentos e práticas salutares de ontem deveriam ser transmitidos às gerações futuras.

“Lixo de todo o tipo é jogado em ruas, calçadas, praças, terrenos baldios (...): entulho, restos de comida, embalagens de água mineral e refrigerantes e até aparelhos eletrodomésticos e móveis”, lê-se no Estadão de anteontem sobre “o verdadeiro problema do lixo” na cidade de São Paulo. O editorial que poderia ser usado para os prudentinos continua: “Tornou-se comum a cena de sofás flutuando... quando há enchentes. São Paulo se transformou numa cidade suja. Por culpa também de parte da população, que precisa ser multada por seu comportamento antissocial”.

Numa volta rápida por Prudente, será possível avistar nas calçadas (algumas obstruídas e emporcalhadas) uma porção de lixo jogado de forma irregular e que os coletores não levam. Televisores, armários, placas de isopor, sofás/poltronas... sem considerar o mau acondicionamento, seja em sacolinhas ‘de supermercado’, seja depositando comida ou objetos cortantes, por exemplo. E quem nunca viu um resto de fruta, uma embalagem qualquer, uma bituca de cigarro, uma lata, etc. ser lançada de dentro de carro na rua? Capaz que a pessoa jogue o lixo na rua e ainda reclame que a cidade anda muito suja e malcuidada.

Não à toa o papa Francisco insiste no assunto “Casa Comum”, o mundo é a nossa casa comum. A ação de um afeta a vida dos outros. O papa apresenta questões macro, aqui chamo a atenção para questões micro, tem a ver com a nossa cidade, a nossa vizinhança, os lugares por onde passamos diariamente. Antes da punição sugerida pelo jornal paulistano, as autoridades municipais deveriam criar frentes de trabalho para educar, informar, fiscalizar e coletar. Também as escolas, sobretudo, as famílias são fundamentais. Enfim, queremos morar numa cidade limpa ou numa lixeira a céu aberto com riscos de contaminação de toda espécie?

Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!

 

 

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