Encantam as luzes da cidade enfeitada para o período natalino. Elas colorem, engrandecem e vitalizam os lugares que, com o dia a dia nem sempre suave, se tornam sombrios, frios, indiferentes... As lâmpadas que piscam tais quais vagalumes urbanos despertam os caminhantes para a realidade que os envolve e trazem ao coração humano sentimentos iluminados. Um quê de esperança, de luz fustigando as trevas. De verdade que não se coaduna ao erro e à mentira. De alegria que vence a tristeza. De paz que silenciosamente vence as guerras. De amor que suplanta toda forma de ódio.
Jesus, o Messias – enviado e ungido – de Deus é o “Conselheiro Admirável” (cf. Isaías 9,5) ao qual se deve ouvir: Perdoai! Não pagueis o mal com o mal! Vinde a mim, aprendei de mim! Amai-vos uns aos outros e aos vossos inimigos! A cada dia basta a vossa preocupação! Tende confiança: batei e a porta se abrirá; buscai e achareis! Persevere: quem perseverar até o fim será salvo! Ao rezardes, dizei: Pai Nosso... o Pão Nosso! Vai, vende o que tens, doa aos pobres, depois venha e siga-me! O homem não vive somente de pão! Buscai em primeiro lugar o Reino e a sua justiça! Não tendes medo! Sejais santo! De nada vale ter o celeiro cheio se se perde a vida! Quem quiser entrar no Reino dos céus, seja como criança! Felizes os pobres de espírito, os mansos, os humildes, os puros, os perseguidos... Todas as vezes que destes de comer/beber/vestir ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes!
Eis o tempo de Natal. Que os reais encontros natalinos produzam a alegria cujo brilho irradie por todos os lugares e a todas as pessoas. “O Natal nos recorda que uma fé que não nos coloca em crise, é uma fé em crise; uma fé que não nos interroga é uma fé sobre a qual devemos nos interrogar; uma fé que não nos anima, é uma fé que deve ser animada; uma fé que não nos sacode, é uma fé que deve ser sacudida. Na realidade, uma fé somente intelectual ou morna é somente uma proposta de fé, que pode se realizar quando envolve o coração, a alma, o espírito e todo o nosso ser. Que este Natal nos abra os olhos para abandonar o supérfluo, o falso, o malicioso, para ver o essencial, o verdadeiro, o bom e o autêntico”, deseja o papa Francisco.
Natal é luz. Luz é vida! Este ano teremos Natal se, como José, dermos espaço ao silêncio; se, como Maria, soubermos dizer a Deus: ‘Eis-me aqui’; se como os pastores sairmos dos nossos lugares para ir a Jesus; se, como Jesus, nos aproximarmos de quem está sozinho, pois como Ele veio até nós é preciso caminhar em direção a quem precisa de nós. Que o Menino nascido em Belém nasça em sua vida e em sua casa também.
Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!
