Mantenha ao máximo sua autonomia

Jair Rodrigues Garcia Júnior

De hoje até o final da vida você pode ter centenas de objetivos pequenos, mais de uma dezena de objetivos médios e poucos objetivos ambiciosos. Ter objetivos significa pensar no futuro, planejando e trabalhando no presente para atingí-los. Quando não se têm mais objetivos, mesmo que sejam pequenos, a vida deixa de ter sentido. Dos muitos objetivos que você tem ou terá, um deve ser prioridade, pois é essecial para conseguir (quase) todos os demais: autonomia do movimento e da cognição.

AUTONOMIA
Ninguém tem 100% de autonomia, pois depende de familiares, amigos, colegas de trabalho etc, para as necessidades diárias diversas. Porém, ter autonomia para as necessidades mais essenciais é imprescindível. Já passou pela situação de ficar limitado temporariamente (ex. após uma cirurgia) em sua autonomia para os autocuidados, para se alimentar e até para as necessidades fisiológicas? Se não teve ainda essa experiência, tente imaginar ou se colocar no lugar de alguém a quem você auxiliou numa situação assim.

AUTONOMIA ALTERADA
Lembre-se como você ou seu filho foram ganhando autonomia ao longo da infância e adolescência. Essa concessão gradativa de autonomia é um dos fatores essenciais para o amadurecimento, a autoconfiança, autoestima e saúde mental do jovem. A “superproteção”, cada vez mais comum dos pais, em nada contribui para essa autonomia. Interessante que a “superproteção” destinada as crianças também acontece no outro extremo, ou seja, os idosos.

IDOSOS DEPENDENTES
Já reparou como os filhos e netos “roubam” a autonomia dos pais e avós em diferentes atividades? Não deixam que vão ao mercado, que carreguem pesos (ex. sacolas do mercado), que subam escadas etc. Sob o pensamento “generoso de poupar” os idosos dos esforços, acabam por acelerar significativamente a perda da autonomia, principalmente do movimento.

DESCENDENTE
A partir dos 45-50 anos já começa a diminuição progressiva da massa muscular, iniciando com 5% por década e chegando a 15% ou mais nas décadas dos 80-90 anos. A diminuição da força aos 50 anos começa com 8 a 15%, sendo progressiva para 20%, 30%, 40% e 50% nas décadas seguintes. A força é uma capacidade funcional, ou seja, essencial para autonomia dos movimentos e mobilidade. Quando sua perda é acetuada o idoso se torna frágil, mais susceptível às doenças crônicas e infecciosas, e à morte.

DESACELERE AS PERDAS
Alguns fatores que levam ao “enfraquecimento” dos 50+ e, principalmente, dos idosos são inevitáveis. Porém, dieta com adequação proteico-calórica e exercícios físicos são fatores de grande relevância, podendo ser ajustados e praticados. Primeiramente, o idoso não deve ser poupado dos esforços, a não ser daqueles potencialmente lesivos. Deve também ir à academia e praticar exercícios de força. Em segundo, as pessoas 35+ devem começar cedo sua preparação para senescência com dieta, exercícios de força e outros cuidados, para elevar seu Ponto Inicial da Perda (PIP).  

 

O idoso não deve ser poupado dos esforços, a não ser daqueles potencialmente lesivos. Deve também ir à academia e praticar exercícios de força.

 

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