Maranhão dribla dificuldades para realizar sonho no futebol

NA FÉ Jogador de 20 anos chegou à região de Prudente após testes no seu Estado de origem e almeja futuro melhor para ajudar a família; garoto sonha em conquistar chance no Barcelona

Esportes - JEFFERSON MARTINS

Data 23/09/2016
Horário 10:29
 

 

O primeiro drible de Jonathan Santos Cunha, 20 anos, foi dentro de casa. Antes de se firmar entre os jogadores do PPFC (Presidente Prudente Futebol Clube), Maranhão, como é conhecido dentro do elenco, precisou convencer o pai a apostar na profissão que escolheu para viver. Após isso, viajou 2.586 km (quilômetros), de Santa Inês (MA), antes de chegar ao oeste paulista. O atleta credita a Deus todas as conquistas obtidas e quer uma carreira ainda mais vitoriosa.

Maranhão fala que chegou a Prudente através de um teste realizado na cidade natal. "Na minha cidade eu só jogava em amador e estava pedindo muito a Deus uma oportunidade, e fui abençoado. Cheguei em Osvaldo Cruz, disputei o sub-20 lá no ano passado, aí este ano o meu empresário conversou com o professor Arthur, que me acolheu bem e está me apoiando muito. Vamos continuar assim, pois queremos ser campeões", fala.

Jornal O Imparcial PPFC treina forte para seguir com a marca de melhor campanha do Paulista Sub-20

Apesar das dificuldades, ele se diz forte e tem objetivos traçados. "Quero jogar no Barcelona e ter condições de ajudar a minha família, que tem me apoiado muito e tenho certeza que vai dar tudo certo. Estou no melhor time da região e do campeonato", projeta.

Além de atuar como volante, o atleta tem sido utilizado como meia na equipe que é dona da melhor campanha do Campeonato Paulista da Segunda Divisão Sub-20.

 

Nada é impossível


Desejo que carrega desde criança, se tornar jogador profissional de futebol para muitos é uma barreira inatingível, mas não para o jovem de Santa Inês. "Lá na minha terra não tem muita oportunidade, acham que é impossível, coisa de quem está aqui, no sul. Até meu pai achava que é impossível, mas minha mãe sempre acreditou em mim. Eu nunca coloquei barreira, fiz minha parte e deixei Deus trabalhar. É difícil, fica longe da família, vê a cada seis meses, mas o grupo está unido, e um apoiando o outro", fala.

Sábado, o Tricolor da Vila Industrial vai até Assis, onde encara o Assisense, no Estádio Antônio Viana da Silva (Tonicão).

 
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