Marketing: vilão ou mocinho?

OPINIÃO - Letícia Santos

Data 03/09/2021
Horário 05:00

Em um mundo que nos mostra cada vez mais a necessidade de retornar às origens e viver com menos, o marketing pode soar como um mecanismo capaz de realizar lavagens cerebrais e instigar o consumo desenfreado. Mas será que ele é mesmo um grande vilão?
Quando buscamos a origem e definição do termo, vemos que marketing, como o próprio nome em inglês sugere, é a ação de levar algo ao mercado. Ele é processual, contínuo, e tem como principal objetivo unir pessoas a produtos ou serviços, deixando-as felizes e satisfeitas ao final do percurso.
E aqui reside o grande desafio: este "encontro" deve ser estratégico, e não irá acontecer somente por conta de uma bela foto publicada no feed ou uma propaganda divertida na televisão.
Antes, é preciso preocupar-se em entender demandas, identificar comportamentos e desejos, para aí então oferecer a melhor solução possível. Conhecendo o indivíduo e suas motivações, o marketing deixa de ser algo vazio e torna-se o “mocinho”, funcionando como um encurtador de caminho e propulsor de inovações.
A rotina de estudos e previsões dentro do marketing só reforça a necessidade das empresas trazerem sempre o olhar “de fora pra dentro”. Antes, quando falávamos de tendências, parecia algo bem distante e a longo prazo. Há mapeamentos do setor que mostram que o “radar” do marketing precisa estar sempre funcionando, para que possa ser usado a favor das empresas – mais um ponto que nos mostra o papel de “mocinho”.
Por isso, a próxima vez que se deparar com um produto ou serviço e disser: “Era exatamente o que eu precisava!”, lembre-se que um profissional de marketing trabalhou arduamente para reconhecer sua necessidade e proporcionar este “match perfeito”.
 

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