Más condições da pista da Unesp incomodam atletas

Esportes - Jefferson Martins

Data 22/01/2016
Horário 04:17
 

O que há de melhor para a evolução e rendimento dos velocistas de Presidente Prudente. Em 2001, quando foi reformada a Pista de Atletismo Mário Covas, da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), era assim que muitos a descreviam. Hoje, a situação é bem diferente e o que é possível enxergar são buracos e bolhas que tomam conta de praticamente todo o local e dificultam "e muito" os treinamentos diários dos atletas.

O que solucionaria de vez este problema seria a reforma no espaço, que é ansiosamente aguardada, desde outubro de 2013, quando um projeto elaborado pela universidade foi aprovado pelo Ministério do Esporte. No entanto, três anos se passaram e nada de obras. Do total de R$ 8,9 milhões que a universidade precisa para executar o serviço, a União disponibilizou R$ 4 milhões. "Se não obtivermos a totalidade do recurso, a Unesp não iniciará a obra, já que estamos em um momento de dificuldades financeiras", afirma César Brandão, engenheiro da Aplo (Assessoria de Planejamento e Orçamento) da Unesp.

Jornal O Imparcial Condições do local dificultam treinamentos diários dos atletas

Além deste valor, a universidade será responsável por 10% do total estipulado no projeto, o que corresponde a R$ 1,1 milhão. "Todas as pendências em relação a projeto e documentação junto à Caixa Econômica Federal já foram solucionadas. O problema é, de fato, financeiro. Espero que após o carnaval haja uma definição", complementa César.

A reportagem entrou em contato com a pasta federal, porém até o fechamento desta edição não obteve nenhuma resposta atualizada. Em julho do ano passado, conforme publicado em O Imparcial, o Ministério informou que entendia que com o recurso repassado já era possível iniciar a licitação e, posteriormente, as obras de reforma.

 

Influência no rendimento

Júlio César Ferreira, treinador do projeto Velozes em Ação, idealizado pelo ex-velocista olímpico André Domingos, conta que é grande a dificuldade de realizar as atividades no espaço, por conta dos problemas ocasionados pelo desgaste do tempo. "A gente tem que evitar algumas raias, pois estão em total falta de condições", afirma.

O comandante diz ainda que esse "problema" influencia diretamente no rendimento dos atletas. "Antes a gente podia simular perfeitamente os movimentos como são em uma competição, diferentemente de agora que temos que fazer os treinos separados, já que não há raias com condições na pista", lamenta Júlio.

A jovem atleta Maria Eduarda Soares de Araújo, 15 anos, revela que durante os trabalhos é preciso "evitar" os setores com maior número de bolhas. "Do jeito que está, a pista escorrega bastante. A gente precisa evitar os pontos de curvas, que são os locais mais afetados", relata.

 

SAIBA MAIS

ENTENDA O CASO

No início dos anos 2000, o caso era semelhante e a pista necessitava de obras. As condições eram tão desfavoráveis que durante a preparação para as Olímpiadas de Sidney, o treinador Jayme Netto Júnior precisou tirar o quarteto formado por Claudinei Quirino, Edson Luciano, Vicente Lenílson e André Domingos do local, e os levar para Álvares Machado, para continuar os treinamentos. Após a conquista da medalha de prata, no revezamento 4x100 metros, enfim o local foi reformado e inaugurado em outubro de 2002, quando passou a contar com o piso de laminado, da marca alemã Regupol – colocado pela empresa Recoma. Agora, de acordo com o projeto, será substituído pelo de tipo Mondo, o mesmo utilizado nas grandes competições mundiais.
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