A Unimed de Presidente Prudente marcará presença na Feicorte (Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne) nesta quinta-feira, a partir das 17h30, levando sua expertise em SOU (saúde ocupacional). Em sua apresentação, o diretor administrativo e financeiro da cooperativa, Osvaldo Saraiva, abordará um dos maiores desafios no setor agropecuário: a falta de mão de obra qualificada no campo. "Uma solução estratégica também será explanada, visto que, com foco em gestão da saúde e segurança do trabalhador rural, a operadora atua diretamente na valorização do colaborador, tornando as propriedades rurais mais atrativas e adequadas às novas exigências legais e sociais", aponta a Unimed.
Conforme lembra Osvaldo Saraiva, que também é gestor de empresa rural familiar, a saúde ocupacional é hoje uma exigência, estabelecida pela NR-31 (Norma Regulamentadora 31) e obrigatória para qualquer empresa, independentemente do porte, mas também uma ferramenta fundamental para melhorar a relação entre empregador e trabalhador.
"Houve uma legislação nova de 2023, por meio da qual, independentemente da quantidade de colaboradores, a empresa rural é obrigada a cumprir requisitos relacionados à saúde ocupacional. Isso inclui exame admissional, demissional, periódicos, fornecimento de EPIs [equipamentos de proteção individual] e elaboração de relatórios que deixam o produtor rural mais protegido juridicamente", explica o médico.
Ainda conforme o gestor, a resistência de alguns produtores em adotar essas medidas precisa ser superada, já que o perfil do trabalhador rural mudou. "Antigamente, as crianças aprendiam com os pais no campo. Hoje não é mais assim. A sucessão familiar de trabalhadores mudou. As novas gerações estão nas cidades, querem outras oportunidades, e, se não dermos condições de trabalho adequadas, de moradia, de assistência médica, não vamos conseguir atrair ou reter essas pessoas no meio rural", alerta Osvaldo.
De acordo com a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no 1º trimestre de 2025, o Estado de São Paulo registrou quase 25 milhões de pessoas de 14 anos ou mais que estavam trabalhando na semana de referência. Destas, 642 mil atuavam em atividades relacionadas à agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. Isso representa pouco mais de 2,5% de todos os ocupados no Estado.
O diretor enfatiza que o investimento em saúde ocupacional não é custo, mas estratégia para fidelização da mão de obra. “Precisamos oferecer as condições necessárias para a execução do trabalho rural, evitando, assim, multas trabalhistas e fidelizando o nosso colaborador. Essa é uma situação irreversível”, reforça.
Durante a participação da Unimed na Feicorte, os produtores poderão conhecer mais sobre os serviços de saúde ocupacional por meio da apresentação de Osvaldo. "A cooperativa médica já é referência regional nesse atendimento e coloca à disposição de pequenas e médias propriedades todo o suporte necessário para adequação à legislação vigente e melhoria das condições de trabalho no campo, conforme estabelece a NR-31, do Ministério do Trabalho e Emprego. Somos a maior empresa parceira de empresas rurais da região nesse tipo de serviço e estamos preparados para ajudar os produtores a se adaptarem às novas exigências e cuidarem melhor de seus colaboradores”, pontua Osvaldo.
